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A música conecta

A Ninja Tune promove emoção nas pistas há mais de 25 anos

Por Alan Medeiros em Case 21.02.2016

Criar uma gravadora para ter liberdade nos lançamentos que você libera é uma realidade comum e mais frequente do que imaginamos dentro da dance music. Revolucionar e fazer história por mais de 25 anos, aí sim é para poucos. A Ninja Tune é uma label britânica, fundada pela dupla Matt Black & Jonathon, mais conhecidos pela alcunha Coldcut.

Embalados pela emergente década de 80, a dupla pioneira do electro/hip hop fundou a NT para trabalhar em releases de cunho mais underground, experimental e livre das restrições que sofriam na época, provenientes de selos já estabelecidos no mercado. Logo nos primeiros anos de trabalho a Ninja Tune chamou a atenção da mídia, com releases que representavam uma evolução musical para a época – ouça os 5 volumes de DJ Food – Jazz Brakes. A label foi aos poucos se tornando referência por captar artistas que desenvolviam trabalhos realmente notáveis e com linhas distintas de som, fator importante para fixação da marca frente a diferentes públicos nos anos seguintes.

O ecletismo por sinal, é uma bandeira levantada desde o primeiro release da NT. O time de artistas é vasto e o catálogo de lançamentos conta com faixas e álbuns de jazz, hip hop, trip hop, experimental, house e outros estilos. Maior expoente dessa filosofia é a Big Dada, criada em 1997 como um sub-label da Ninja Tune e que seguiu com a mesma filosofia de trabalho de sua mentora, mas voltada para a cena hip hop. Releases clássicos de artistas como Diplo, Roots Manuva e Spank Rock foram lançados no selo, que tem trilhado a mesma rotina de sucessos da Ninja.

Um dos grandes diferencias que coloca a Ninja Tune acima da absoluta maioria das gravadoras de dance music é o suporte oferecido aos artistas que lançam pelo selo. Bonobo, Illum Sphere, Actress e Kid Koala colheram bons frutos após trabalharem com a marca britânica. Îsso se deve a uma visão profissional e globalizada do mercado fonográfico que a Ninja Tune possui. Além da base em Londres, existem escritórios em Los Angeles e Montreal, que trabalham full time promovendo artistas, ações e lançamentos da label.

Todo essa profissionalização é mais um grande exemplo de como é importante as marcas se ligarem da necessidade de tirarem seus trabalhos exclusivamente do campo digital. Ganhar o mundo, o respeito e a admiração das pessoas requer ações no campo real e pra isso é necessário visão de mercado, investimento e amor pelo que se faz.

Funcionando até hoje como uma espécie de “para-raios” de artistas que possuem algo diferenciado a oferecer ao mercado, a Ninja Tune não se declara uma label underground atualmente. A visão profissional adquirida após estes 25 anos de trabalho garantem a jornada mais madura possível para os artistas e lançamentos que a curadoria do selo considera emocionante. Não podemos negar, eles estão fazendo a diferença.

A música conecta as pessoas! 

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