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A música conecta

A pressão do público é importante e tem dado resultado.

Por Alan Medeiros em Fatos da cena 01.06.2015

Recentemente escrevi aqui no Alataj sobre uma possível crise em nossas curadorias artísticas, a matéria foi bacana e serviu como um start de um debate bem interessante nas redes. Em tempo é bom lembrar que recentemente tivemos um fim de semana em que Dixon, Koze, Roman Flugel e outros artistas se apresentaram em diversos clubs do Brasil, um bom sinal que mostra que o público tem papel importante em acontecimentos como este citado.

É claro que as honras maiores vão aos diretores que corajosamente ousam em trazer nomes não tão conhecidos pela massa, mas em uma época em que cada vez mais gente está ouvindo e opinando sobre música eletrônica é praticamente impossível imaginar que eles não estejam conectados a tudo o que é pedido e comentado em fan pages e grupos do Facebook. E é aí que entra o importante papel que o público vem exercendo. De uns tempos pra cá estamos ficando mais chatos. Atrações repetidas – mesmo as mais unânimes – estão nos incomodando. You Tube e Soundcloud estão aí e novos artistas são descobertos e comentados todos os dias. Esse processo de descoberta é prazeroso e muitas vezes imaginar um desses artistas no Brasil não tem sido um sonho tão distante.

A pressão que o público faz sobre os clubs clamando por nomes tem chamado a atenção dos chefões. A Tribaltech por exemplo lançou seu jornal como um “caça line up” que de certa forma serviu para medir a aceitação dos nomes inseridos por lá. Algumas casas de Santa Catarina possuem debates constantes entre seus frequentadores onde o principal assunto – embora seja dita muita bobagem – são artistas “que poderiam pintar por aqui”. O público em grande parte é exigente e tem cumprido um importante papel no amadurecimento da cena. Sim, nós podemos ser cada vez mais decisivos na construção dos calendários de artistas. Vamos em frente!

A MÚSICA CONECTA 2012 2024