Não é novidade para ninguém, que de alguns anos pra cá, empresas de comunicação assumiram boa parte das redes sociais de DJs, gravadoras e marcas do mundo artístico. Por um ou outro motivo, alguns DJs seguiram alimentando suas redes sociais entre viagens e compromissos no estúdio. Esses defendem que dessa forma o contato com os fãs fica mais verdadeiro e menos artificial. Tudo bem, entendemos, mas nos últimos meses, algumas postagens tem caído como um verdadeiro buraco negro na cena. Principalmente comentários homofóbicos em modo público.
Ten Walls e mais recentemente Tanner Ross despejaram um pouco de ódio em suas páginas oficiais no Facebook. O caso do produtor lituânio ganhou mais força e seu comportamento acabou custando bem caro. Várias de suas gigs foram canceladas e sua agência o tirou do casting de artistas. É difícil de entender, mas é necessário admitir que em pleno 2015 ainda existam profissionais do meio com esse tipo de pensamento retrógrado e totalmente ultrapassado. O que é praticamente inacreditável é como esses profissionais tem a cara de pau de vir a público e postar tais comentários achando que isso não vai repercutir no público que o acompanha.
Nas últimas décadas o processo de profissionalização do mercado na música eletrônica tem sido bastante intenso, mas existem muitos artistas precisando de uma assessoria de comunicação urgente. Quem sabe assim eles possam conhecer um pouco mais o perfil do público que paga caro em ingressos para os assistir, compra e compartilha suas tracks. O caso Ten Walls é somente mais uma prova de como existem profissionais despreparados para lidar com as massas que o idolatram. Lamentável!
Obs: a página de Ten Walls se encontra indisponível no Facebook já há alguns dias. Ou seja, não houve qualquer gestão de crise por parte do artista.