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A música conecta

Minha Primeira Gig | ABSOLUTE.

Por Laura Marcon em Minha primeira gig 04.12.2019

Anthony McGinley também conhecido como ABSOLUTE. alcançou muitos feitos nos últimos tempos. Além de ver suas produções no topo da lista dentro do seu gênero no Beatport, também emplacou remixes matadores de artistas como Maya Jane Coles, TigaSteve Lawler, produções em sua própria label, Family Planning, e um grande suporte em sua carreira da BBC Radio 1 e Mixmag. Mais do que isso, ABSOLUTE. também é uma das mentes por trás do super comentado WUT? Club, em Londres, que busca um espaço seguro para a diversão do público LGBTQ+, movimento que o artista participa ativamente e defende.

Festa na WUT? — Público e artistas misturados.

A história de Anthony começou cedo, aos 14 anos, quando comprou apenas um toca-disco com o pouco dinheiro que tinha, além de colecionar alguns vinis, óbvio. Foi apenas quando teve possibilidade de juntar todo o equipamento necessário que ele aprendeu a discotecar de fato e, a partir desse período vislumbrar uma carreira como DJ, que logo após se estenderia para a produção. Mas foi um concurso nacional de DJs que fez com que ele sentisse o poder de uma pista de dança e também pudesse mostrar sua capacidade para o mundo. É sobre essa história que ele vem falar na nossa coluna Minha Primeira Gig. Seja bem-vindo, Anthony:

ABSOLUTE.

“Uma das minhas primeiras gigs foi uma competição nacional de DJs do Reino Unido, organizada pela Bacardi. Eu tinha uns 19 anos na época e o primeiro round foi em Torquay, eu estava muito nervoso. Todos desistiram no último minuto, restou apenas outra pessoa. Pareceu um pouco sem começo, mas tive a chance de tocar para uma multidão e ver que o mixer era tão velho que não tinha equalizadores, não tinha como fazer o essencial para uma mixagem adequada. Após vencer aquele round, eles decidiram fazer outro round regional para compensar, dessa vez todos apareceram. Me certifiquei de que tinha escolhido discos que se construíam naturalmente, assim as mixagens ficariam suaves e funcionaria na pista de dança. Tinha um grupo de amigos comigo e após me anunciarem como ganhador eles enlouqueceram, parecia que eu tinha ganhado as olimpíadas [risos]. 

Passando para as semifinais, os equipamentos estavam melhores, assim como a competição. Acabei passando para a final. O último round aconteceu há aproximadamente 6 horas da minha cidade natal, então eu só tinha um amigo comigo. Parte do meu set era baseado na reação da pista, então senti muita pressão e trabalhei muito para planejá-lo, algo que não faço mais, prefiro sentir a energia do momento, porém funcionou e acabei vencendo a final. Fui contratado para a minha primeira gig internacional como um dos prêmios. Olhando para trás, não significou muito, mas me deu a confiança e o desejo de continuar tocando, seguindo minha paixão e meus sonhos musicais.”

A música conecta.

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