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A música conecta

Minha Primeira Gig | Albuquerque

Por Alan Medeiros em Minha primeira gig 18.05.2018

Ricardo Albuquerque é um DJ e produtor curitibano com postura e identidade de um verdadeiro artista. Além da excelente entrega no estúdio e nas pistas, ele também desenvolveu sua carreira em diferentes frentes, principalmente através de projetos ligados a Radiola, sua gravadora/coworkiing de música eletrônica/festa que mudou em diferentes aspectos a cena de Curitiba.

Flutuando entre o house e o tech house, Ricardo construiu uma identidade musical poderosa que fica em evidência em seus recentes lançamentos. Seu chapéu característico tem marcado presença em algumas das principais pistas do país e por isso não é exagero dizer que atualmente Albuquerque é um dos nomes mais consistentes da música eletrônica nacional.

https://www.facebook.com/ricardoalbq/videos/1658203717567126/

Esse sábado, Ricardo reafirma seu posto de residente do Warung na mesma noite em que completamos 6 anos de história. O warm up do Inside (que será filmado) é por conta dele e em antecipação a noite, o convidamos para compartilhara sua primeira experiência como DJ profissional. Confira:

A imagem pode conter: 5 pessoas, pessoas em pé, barba e texto

“Comecei em 2007 tocando hip hop. Na verdade eu queria tocar house ou trance, mas não conhecia ninguém que pudesse me ensinar as técnicas e segredos sobre esses estilos, então comecei mixando no estilo open format (sendo romântico…risos). Fui em algumas festas levando meu equipamento inteiro, ritual que se repetiu por muito tempo. Mas minha primeira gig mesmo, dentro da música eletrônica, com nome no flyer e tudo mais foi em 2009 na cidade de Guaratuba-PR, num feriado de 7 de setembro. Fui chamado uns 5 dias antes por um amigo que estava promovendo o evento no Iguana, um bar que ainda existe mas que infelizmente hoje é mal aproveitado. O lugar é muito legal e tem um vista pro mar muito bonita, na época bombava. Lembro que ele insistiu ao telefone: ”Você tem que tocar na minha festa, se prepare pra mandar bem!” E eu dizia: ”Cara, eu ainda não sei mixar house, mas vou dar um jeito.”

Nos dias seguintes fiquei baixando mais músicas pra poder tocar, fui pra gig com no máximo 25 músicas, hoje vejo que era muito pouco, mas era o começo da minha biblioteca de DJ. Lembro das tracks Audiofly – Kumbuca e 16 Bit Lolitas – The Bus Wasn’t Here. Algumas eu percebo que não faziam o menor sentido pra um warm up mas eu estava começando e não tinha essa sensibilidade. Lembro que um outro DJ mais experiente tocou depois de mim e logo depois o Daniel Kuhnen, hoje Elekfantz. Pra mim foi importante conversar com ele, perguntei sobre o Warung e me recordo de ter perguntado quanto era normal gastar em músicas mensalmente nos sites de venda. O Dani respondeu tudo na maior boa vontade, foi super educado e eu saí feliz da vida: ”agora posso falar que sou DJ!”.

A experiência deu certo e esse amigo, André Sandes, continuou me bookando pra outras f estas que ele fazia durante anos. Mesmo sabendo que eu não tocava nada comercial ele sempre dava um jeito de me colocar nos line ups dos eventos dele que não eram undergrounds, mas que ele fazia questão de apresentar algo legal, mesmo que o publico ficasse meio perdido. É muito bom lembrar de onde viemos e como essa experiência influenciou minha vida. Sou grato por ter tido oportunidades legais e ter tido meu esforço em aprender e crescer como artista reconhecido.”

A MÚSICA CONECTA. 

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