Com lançamentos por labels do calibre de Echoe e Nereau Records, Andrea Crestani está desenvolvendo uma bela jornada no mundo da música eletrônica. Earthly, seu mais recente EP pela gravadora comandada por Francesca Lombardo, é como uma linda melodia para o domingo de manhã, que facilmente se transforma em um ambiente clubber adequado.
Bem verdade que artistas com este perfil são raros e valorizá-los é o ponto de partida para que eles ganhem espaço e notoriedade em um cenário amplo e disputado como é o da dance music. Nos aproximamos de Andrea por conta de uma possível premiere, que acabou não acontecendo, mas felizmente resultou nesse relato especial para a coluna Minha Primeira Gig. Como é bom lembrar que toda grande história tem um começo.
Com a palavra, Andrea Crestani:
“Minha primeira gig de verdade aconteceu em um pequeno club na minha cidade local, Varese, que nem existe mais. Foi há aproximadamente 15 anos. Todas as vezes que toquei anteriormente foram em festas particulares. O DJ residente do club sugeriu ao promoter da festa que chamasse eu e meu amigo para tocar antes do headliner, foi apenas um teste para nós.
Naquela época, house/techno não eram tão conhecidos na cidade, então foi difícil para nós abrirmos a festa, mas era uma chance única que não poderíamos recusar. Quando começamos a tocar, as pessoas não sabiam o que estava acontecendo, estávamos “levando” um novo gênero ao club. Durante o set, as pessoas começaram a gostar da música e dançar, a festa correu muito bem e o convidado (que não era um DJ de techno) começou a tocar para uma pista de dança quente, então pensamos “nós conseguimos!”.
Depois daquela noite, cada vez mais pessoas começaram a nos seguir e procurar nosso gênero musical na cidade. Tocamos em muitas festas, algumas boas, outras não, mas nunca desistimos, sempre acreditamos na música. Após alguns anos, conhecemos novos amigos que acreditavam no mesmo, com eles formamos um crew e criamos uma festa, em 2012. Somos os DJs residentes e recebemos convidados internacionais. Quando tivemos essa primeira gig, era apenas um sonho. Agora, é realidade.”
A música conecta.