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A música conecta

Minha Primeira Gig | David Berrie

Por Alan Medeiros em Minha primeira gig 09.10.2018

Hip hop, disco e funk exerceram um papel importante no começo da jornada musical de David Berrie, DJ e produtor nova-iorquino que hoje é um dos destaques da cena tech house global. Em uma breve apresentação, vale destacar alguns de seus principais destaques, que incluem lançamentos em selos do calibre de Cuttin’ Headz, Hottrax, Monique Musique e Hot Creations, esse último responsável por lançar seus novo EP, uma colaboração com o label boss Jamie Jones.

Criado na meca da vida noturna de NY, David Berrie bebeu desde muito cedo referências essenciais para um artista que busca construir um som global e direcionado ao dance floor. De pequenas festas no underground de Manhattan até o main room de clubs consagrados como DC10 e Output NY: a ascensão de sua carreira não foi exatamente meteórica, mas seu estilo surpreendeu e segue surpreendendo muita gente ao redor do globo, principalmente pela consistência apresentada. A nosso convite, ele nos contou em detalhes como foi sua primeira gig como DJ profissional. Confira abaixo:

Com a palavra, David Berrie:

“Minha primeira gig foi em um clube em Manhattan chamado Dorsia. Morando no norte de Jersey, eu costumava ir a festas no centro de Manhattan com uma ID falsa todo fim de semana e esse era o meu lugar favorito para ouvir o que eu achava que era house music “europeia” na época. Eu tocava muito, mas só para os meu amigos em casa, até que um dia fui ao Dorsia e um dos meus amigos, sem eu saber, foi até o bartender e ficou insistindo à ele sobre meu som e sobre eu tocar lá. O bartender me apresentou ao gerente e ele disse para eu voltar na próxima semana com um CD para ele ouvir.

Então, naquela semana eu passei horas organizando e gravando meu set. Nessa época para gravar o set você precisaria ter um gravador de CD que gravaria ao vivo em uma única tentativa. Se eu cometesse um erro na metade do caminho, teria que voltar e gravar tudo de novo. Devo ter recomeçado umas três vezes, até que finalmente acertei. Muito nervoso, levei o CD ao gerente e ele adorou. Na outra semana, eu estava abrindo para o DJ principal e recebendo uns $100, mas eu estava muito feliz com a realização.

Me senti tão legal por ser um estudante do ensino médio, nem mesmo tinha idade para estar em clubes, sendo levado para a cidade pela minha mãe a um dos clubes mais legais de Manhattan para tocar uns discos a cada duas semanas. Foi uma ótima lição que aprendi desde cedo, você pode fazer qualquer coisa acontecer, desde que o talento exista e as pessoas acreditem em você.”

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