Impossível falar da cultura do DJ sem citar o trabalho e grande legado construído pela catarinense Aninha. A lendária residente do Warung é o que nós costumamos chamar de um ícone ou ponto de referência para todos aqueles que buscam seguir carreira dentro desse disputado mercado. Há mais de 10 anos ela se mantém ativa e participante na cena com projetos dentro e fora das cabines. Como você já deve imaginar, ela não começou sob grandes holofotes e muito do que conquistou ao longo dessa jornada foi fruto de muito trabalho, estudo e dedicação. Confira abaixo a história que relata a experiência da primeira gig profissional dessa grande artista. A música conecta as pessoas!
Com a palavra, Aninha:
“Era março de 2002, o outono dava as caras e o club chamava-se Hari Om (Jaraguá do Sul SC). O DJ Rato (grande amigo e quem me ensinou a tocar), fez a ponte para a minha primeira gig com cachê. Foi tudo muito rápido e eu nem sabia qual era meu nome artístico (Aninha veio depois naturalmente), então colocaram Anna mesmo e tocamos na segunda pista. A atração principal era o Cesinha, residente do Baturité e praticamente ‘rei’ da região. Ele era ansiosamente aguardado por todos com seu set de techno. Eu estava na pistinha, super nervosa com meus discos de deep house. Minha preocupação maior era não errar, porque desde o início sempre quis ter uma mixagem discreta. Se havia alguém na pista? No máximo 10 pessoas de giro [risos]. Era tudo muito novo, atmosférico e lento para quem estava na onda do techno sujo e com seus 145bpm. A sensação foi de: ufa, consegui fazer 1 set e não morri!”