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A música conecta

Minha Primeira Gig | Spavieri

Por Laura Marcon em Minha primeira gig 05.12.2019

Região precursora da música eletrônica brasileira, São Paulo possui um cenário vanguardista em todas as suas frentes e, ao longo da sua evolução cultural ganhou importantes figuras para este desenvolvimento, como Fabio Spavieri, que descobriu a paixão pelas batidas e sintetizadores na sua adolescência e desde 1992 está envolvido com a cena pauliana. 

Ele iniciou seu envolvimento na gravadora Cri Du Chat Disques – pioneira no segmento — e, a partir de então, passou a trabalhar em diversas esferas dentro da música. Como DJ, se apresentou em clubs importantes do país como Columbia, Pacha, Mood, Madame Satã e D-EDGE – onde é residente, produz e faz a curadoria do Superafter. Por aqui, Spavieri é nosso convidado da coluna Minha Primeira Gig para nos contar como se deu sua primeira oportunidade em uma pista de dança:

Spavieri

Eu tinha uns 16, 17 anos, comprava alguns CDs de synth-pop, Ebm e Gothic-rock, todos na loka Muzik do Eneas Neto e Twin, um point em SP para quem gostava de música eletrônica em São Paulo. 

Pois bem. Um dia o DJ Ronaldo — irmão mais velho do DJ Magal — me convidou pra tocar com ele no clube Zoster em São Caetano do Sul. Zoster foi um clube de EBM, bem dark, onde o DJ tocava de tudo, de rock inglês, gothic aos synths, new beat e EBM. Só que eu não tinha CD suficiente pra usar e o clube tinha 2 tape-decks para auxiliar. Agora imagina discotecar procurando música em fita k7? Foi uma experiência traumatizante e estressante, sai exausto da cabine. Por outro lado agradeço eternamente ao Ronaldo (RIP) por ter me colocado na roda dos DJs, de onde nunca mais sai.

Depois de lá, toquei na Emerald Hill em São Bernardo do Campo, Quorun’s Place e Television em Santo André, até vir pra São Paulo, onde comecei a trabalhar na gravadora Cri Du Chat Disques e produzir as próprias festas.

A música conecta.

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