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A música conecta

Minha primeira Gig | Fernando Lagreca

Após uma impressionante quantidade de viagens sonoras e produções sólidas em gravadoras como Awen, Natura Viva, Chrom e Sincopat e uma vez que ele deixou recentemente seu papel significativo no cenário do techno como DJ e live set em muitos clubs como Tanzhaus West (Frankfurt), Ritter Butzke (Berlim), Razzmatazz (Barcelona), ClubNL (Holanda)ou Fundbureau (Hamburgo), para citar alguns, Fernando Lagreca está de volta em 2020 com o anúncio do seu próximo álbum Infamous, que dá continuidade ao seu reconhecido trabalho com o aclamado LP Control em 2014, em sua própria gravadora, Beautiful Accident. O primeiro single retirado do álbum nomeado Dissociation já foi lançado e esta semana um novo está prestes a ser publicado: Lone Condition.

O novo álbum se tornará, sem dúvida, o álbum mais aventureiro e destemido de Lagreca em toda a sua carreira como músico. Canalizando essa abordagem desafiadora, a nova apresentação live de Lagreca mostra sua própria militância e estética sombria. O conceito consiste em sintetizadores, baterias eletrônicas, samplers e processadores efx que permitem ao artista criar sequências complexas e de forma dinâmica, mantendo a mesma liberdade que ele tem no estúdio onde usa apenas equipamentos de hardware, sem a necessidade de um laptop ou computador, desenvolvendo paletas sonoras únicas que vão do techno ao ambiente e de batidas quebradas às harmonias urbanas modernas e vice-versa.

Mas muitas coisas aconteceram na jornada de Lagreca até ele se tornar esse fanático por hardware e performances ao vivo. A convite do Alataj, ele vem nos contar como aconteceu sua primeira gig:

Fernando Lagreca

Bem, meu primeiro show foi há muitos, muitos anos atrás, em Montevidéu, com uma banda de techno dark chamada ‘Necrollage’. Na época nós éramos super fãs da Joy Division, Fad Gadget, Bauhaus, The Cure e todas essas coisas. Nós éramos super jovens, ainda no ensino médio. Era em um teatro, não em uma casa de shows ou em um clube, e era um show super underground organizado por um local de ensaios onde costumávamos ir. No caso, a apresentação era uma espécie de concurso de banda. Lembro que tinha acabado de vender minha bicicleta e algumas outras coisas para escolher meu primeiro sintetizador (um Casio CZ101) e um amigo meu me emprestou um sintetizador analógico antigo que não funcionou muito bem para usá-lo para os efeitos. Aquele velho sintetizador caía o tempo todo e era um pouco bagunçado, mas foi um show super engraçado.

Vários anos depois, quando me mudei para a Espanha, tive o que poderia ser chamado de minha segunda estréia e foi, por coincidência, um concurso! Era uma espécie de concurso de DJ em uma cidade perto de Barcelona, ​​quando morei por alguns meses quando acabei de chegar e, como ainda não conhecia ninguém, simplesmente decidi participar, conhecer pessoas no meu novo país. Os prêmios foram um mixer da Numark e uma gig no melhor clube daquela cidade na época e felizmente eu ganhei o prêmio! Então, boas lembranças nos dois casos!

A música conecta.

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