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A música conecta

Minha Primeira Gig | Flashmob

Por Laura Marcon em Minha primeira gig 16.12.2019

Alessandro Magani, mais conhecido como Flashmob, pode resumir seu sucesso com apenas um resumo de seus grandes feitos através de suas produções ao longo de apenas 8 anos de trajetória. Defected Records, Hot Creations, Snatch! Records, Elrow Music e Kompakt estão entre as gravadoras por onde já lançou suas músicas, além também de vários remixes para alguns dos nomes mais famosos do cenário como M.A.N.D.Y., DJ Hell e Romanthony.

Não bastasse seu talento para produção, Flashmob também comanda duas gravadoras, Flashmob Records e Flashmob LTD., sendo que a primeira busca transmitir um estilo mais moderno do house e tech house, enquanto a segunda representa o lado mais underground da marca. Os selos, por sua vez, possuem lançamentos de artistas como; Terranova, DJ. T. Phil Weeks, Marco Resmann, Laura Jones, Paolo Martini, DJ SELVAGEM, DJ Le Roi e Alex Neri, entre outros. Por aqui, Flashmob é um dos nossos convidados a contar um pouco do começo da sua carreira e especificamente como aconteceu sua primeira gig.

Flashmob:

“Meu primeiro show foi no Turnmills, em Londres, para uma festa de domingo chamada Trauma. Foi uma festa que durou toda a tarde e terminou assim que o DTPM no Fabric começou, onde todos acabamos indo depois. Naquele momento da minha vida, eu estava em Londres querendo ser DJ sem ter ideia de como o cenário funcionava ou como eu poderia fazê-lo; tudo que eu sabia é que me sentia atraído por isso massivamente. Então, eu fiz um set de duas horas e coloquei em um CD e literalmente deixei uma com todas as pessoas relacionadas à música que eu conhecia em Londres… Se você soubesse que eu costumava pegar panfletos e ligar para os promotores para pedir uma vaga pra tocar, você pode entender o quão pouco eu sabia, mas o quanto eu queria isso.

Um desses CDs foi escolhido por Michael Slade, um ex promoter conhecido em Londres. Ele me ligou em uma tarde de domingo e apenas disse: “você gostaria de tocar no próximo domingo para nós?” Essas palavras me iluminaram e eu passei a semana inteira entre o Black Market e Phonica (que acabara de abrir) me preparando para o show. Eu assumi que eles me colocariam no começo, então eu pensei que se eles me pedissem para fechar, acabei preparando um set de 4 horas que cobria qualquer eventualidade. O show correu muito bem, eu toquei no meio, logo depois do LucianovS., residente da Fabric, que me tornei amigo. Foi uma experiência memorável para mim e muito engrandecedora, porque é claro que tocar em um clube, especialmente um como Turnmills, que era o anti-Fabric naqueles anos, era muito diferente do que tocando no meu quarto, em 2002. Eu tinha acabado de me formar na faculdade de Direito, depois de 8 anos de estudos intensos.

Sinto que aprendi muito com essa experiência — que se você realmente quer algo, deve confiar em si mesmo e, de um jeito ou de outro, isso acontecerá. A chave é nunca deixar de ser humilde o suficiente para aprender com os erros que você faz na jornada e o que fazemos de errado. Eu raramente penso em quão longe fui honestamente, além de momentos como este—- acabei de descer de um avião em Buenos Aires para fazer uma turnê na Argentina e tenho algum tempo no aeroporto – esses são os momentos em que Estou cansado e sozinho e no silêncio do aeroporto vazio tenho a calma de pensar em todas as coisas que fiz para chegar a esse ponto. Ficar com fome e motivado é uma coisa que aprendi e sinto que é a chave… desejar melhorar o que faz de você uma pessoa melhor, esse é o meu objetivo final; um dia tudo isso terminará e o que me restará será tudo o que pude transmitir aos meus filhos para tornar este lugar um mundo melhor. Sinto-me extremamente sortudo. Obrigado.

A música conecta.

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