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A música conecta

Minha Primeira Gig | Traffic Jam

Na música eletrônica, é comum encontrarmos projetos que começaram com uma determinada formação mas acabaram migrando para carreira solo. No Brasil, um dos principais casos vem de Curitiba, mais especificamente da Radiola Records.

+++ Há pouco mais de um ano, entrevistávamos Traffic Jam. Acompanhe aqui.

Em meados de 2010, João Battistella e Ricardo Albuquerque uniram forças para criar o Traffic Jam, projeto que nascia com uma abordagem sonora bastante específica. O tempo passou e Albuquerque precisou abandonar o projeto, deixando com João a responsabilidade de seguir com o conceito Traffic Jam pelas pistas do país. 

Missão dada, missão cumprida. Desde então, João tem entregue um ótimo trabalho frente a tal alter ego e nas últimas temporadas se tornou um dos grandes destaques do time da Radiola Records. Recentemente, pedimos para ele nos contar como foi essa primeira experiência tocando como Traffic Jam. O resultado é mais um texto da coluna Minha Primeira Gig:

“Tudo começou por volta de 2010/2011 — nessa época eu já tinha muita vontade de tocar. Por ter vários amigos DJs o contato foi fácil e rapidamente eles me ensinaram a discotecar pois estávamos sempre juntos e assim eu podia praticar. Em determinado momento um desses amigos foi fazer intercâmbio e deixou os equipamentos comigo pois não poderia levá-los. Era um par de CDJs 200 da Pioneer e um mixer 2 canais. Eu treinava diariamente e nessa mesma época frequentava o Warung de forma assídua. 

Fizemos um grupo de amigos muito legal que não perdia nenhuma noite do club, dentre eles o Albuquerque. Nos dias de semana, pós club, gostávamos de nos encontrar para ouvir música e falar do que havíamos ouvido no final de semana. Isso resultou no surgimento do nome Radiola Undrgnd, que era um grupo no Orkut e posteriormente veio a se tornar a Radiola Records. Devido a essa conexão musical forte, eu e o Albuquerque decidimos iniciar um projeto B2B focado em sets que fossem extremamente agradáveis de se ouvir, principalmente em situações difíceis como um engarrafamento, em inglês, “Traffic Jam”.  

Ele discotecava com o Ableton, no laptop, era uma apresentação muito boa, pois além das músicas, conseguia colocar alguns elementos a mais, fazendo uma apresentação super dinâmica. Entretanto, eu não tinha laptop, tava aprendendo e treinando nos CDJs, com CDs na época, então decidimos que a nossa apresentação B2B seria um no Ableton e outro no CDJ. Enfim surgiu nossa primeira gig (em conjunto, pois ele já tocava sozinho), em um núcleo chamado Curitibano Groove, lá por meados de 2011, uma festa para umas 400 pessoas. 

Uma das músicas marcantes deste primeiro set:

Treinamos muitas vezes na casa dele, na época não tínhamos estúdios, mas na hora da apresentação, não consegui fazer funcionar os CDJs e também o computador, acabou que tocamos os dois no computador dele, mas como dividíamos muitas músicas, não foi um grande problema, apesar do meu nervosismo ter ido às alturas [risos]. Como nossas agendas e momentos eram diferentes, eu continuei com o nome e seguimos fazendo B2B em ocasiões especiais como aconteceu na última festa do BPM Festival no Warung”.

A música conecta.

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