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A música conecta

Após conquistas e glórias, Nick Warren mantém seu foco no futuro. Leia entrevista exclusiva!

Por Alan Medeiros em Entrevistas 20.11.2017

On Air é a série de entrevistas do Alataj. Leia todas aqui! 

Se hoje o progressive house tem a força que tem em diferentes partes do mundo, muito disso se deve ao trabalho do britânico Nick Warren. Ao lado de caras como John Digweed e Hernan Cattaneo (o argentino é seu fã declarado), Nick estabeleceu um novo patamar para o estilo.

Em uma época onde a internet ainda não era uma realidade global e difundir sua música pelo mundo era uma tarefa um tanto quanto engenhosa, Nick já conquistava uma legião de fãs em diferentes países com suas compilações e mixes. Ao todo, foram 8 séries para Global Underground e várias contribuições para Renaissance. A cena de Bristol também o influenciou e o grupo Massive Attack exerceu papel importante no começo da carreira de Warren, quando o convidou a ser o DJ oficial de suas tours – uma bela experiência.

https://www.youtube.com/watch?v=bA1t8GO7PCY

O tempo passou, a experiência trouxe muitas conquistas e mesmo após mais de duas décadas de pista, Nick segue mostrando fôlego para ir além e ano passado viveu um dos anos mais importantes de sua carreira, com gigs em alguns dos mais relevantes clubs e festivais da cena internacional. Twilo, Hacienda, Womb e Zouk são apenas alguns exemplos da força que a agenda de Nick Warren possui. Esse ano, ele manteve o pé no acelerador e está sendo coroado com uma belíssima tour pelas Américas entre os meses de Novembro e dezembro.

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Além de todo aspecto técnico e musical que diz respeito a Nick, é importante dizer que ele também é conhecido por ser um grande ser humano e por sua visão sempre positiva a respeito do futuro. Apesar de todas as glórias e conquistas alcançadas, Warren mantém seu olhar sempre a frente e com foco no que ainda está por vir. Após um hiato de 4 anos, Nick está de volta ao Brasil mês que vem para uma única gig, em São Paulo na UniK ID, dia 16 de Dezembro. Antes disso, falamos com ele:

1 – Olá, Nick! É uma grande honra falar com você. Seu trabalho ganhou boa notoriedade internacional após a série Global Underground. Como foi desenvolver esse trabalho? Ainda hoje os fãs lembram do começo dessa jornada?

Foi uma experiência incrível estar envolvido e fazer esses álbuns. Claro, isso foi antes dos mixes online, eram discos. Sim, os fãs ainda me trazem seus álbuns para autografar nos clubes, mas para ser sincero, tento não olhar para trás e me esforçar para olhar para o futuro da música eletrônica

2 – Você é natural de Bristol e, por isso, certamente bebeu direto da fonte as principais referências da dance music britânica, certo? Quais foram os principais ensinamentos que você teve junto a esse cenário?

Estar envolvido na cena de Bristol significava que tínhamos acesso a tudo, desde trip hop até D&B, techno… acho que isso aparece em toda música que vem dessa cidade maravilhosa.

3 – Em sua bio, você cita 2016 como o ano mais movimentado da sua carreira. Fale um pouco sobre os desafios, viagens e experiências do ano passado e o que você espera desse restante de 2017

Minha agenda foi louca no ano passado, tive o novo álbum do Way Out West com Jody Wisternoff, minhas gigs solo foram ocupadas em todos os lugares, principalmente na América do Sul.  Esse ano foi a mesma coisa e parece que 2018 também será um ano pra recordar, com mais material do Way Out West, lançamentos do Nick Warren e muito DJing pelo mundo.

X – No mundo como um todo, mas especialmente no Reino Unido, o cenário clubber tem sofrido bastante com a especulação imobiliária. Como você enxerga essa situação? Quais são as possíveis saídas para esse problema?

Essa resposta será disponibilizada em breve via newsletter. Inscreva-se aqui. 

4 – Aqui no Brasil o progressive house marcou toda uma geração na década passada, guiado por caras como você, Hernan Cattaneo, John Digweed e 16bit Lolitas. Como você avalia historicamente a aceitação das pistas brasileiras ao estilo?

Sempre gostei de tocar no Brasil, as pessoas são sensivelmente receptivas e adoram música, faz um tempo desde que estive aí, estou muito animado!

5 – Do Hacienda em Manchester, até o Sound Factory em Nova York: sua experiência dentro dos melhores clubs do mundo é algo impressionante. Entre tantas noites memoráveis, há alguma que você considera mais importante ou especial?

Há muitos para listar, mas na América do Sul vocês tem, naturalmente, Warung, Pacha em Buenos Aires, La Feria no Chile e muitos outros clubs com histórias incríveis que tive a sorte de tocar.

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6 – Você é um dos nomes que acompanhou de perto toda evolução de Ibiza nas últimas duas ou três décadas. Muita gente diz que o real espírito da ilha se perdeu ao longo dos anos. Você concorda com isso? O que há de mais mágico por lá?

Ainda gosto de visitar a ilha e ter diversão por lá. Os clubes mudaram assim como o resto do mundo, os serviços de mesa e a classe alta mudaram a paisagem clubbing em Ibiza. O que costumava ser pista de dança agora são mesas, é estranho ver, mas esse é o caminho do mundo.

7 – Seu trabalho também está fortemente associado a algumas gravadoras, como Soundgarden e Hope Recordings, por exemplo. Na sua visão, ainda hoje os selos exercem um papel fundamental na carreira dos produtores ou o mercado caminha para um estágio cada vez mais independente?

Acho que é muito bom para um artista estar ligado a bons selos. Nesse momento, é uma boa ideia trabalhar com o máximo que você puder, ao invés de um só, isso dará maior visibilidade no mercado.

8 – Motivação é um assunto sempre muito relativo, mas nós gostaríamos de saber: após tantos anos produzindo em alto nível e discotecando para multidões, o que te mantem inspirado atualmente?

É tudo sobre a música. Ainda fico tão entusiasmado quando ouço uma faixa nova quanto ficava no começo da minha carreira.

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9 – Pessoalmente, como você se sente quando é convidado para participar de um projeto que visa valorizar a cultura do progressive house em um país diferente do seu – como é o caso do Unik ID aqui no Brasil?

Mal posso esperar para trabalhar com a Unik no Brasil, escutei ótimas coisas sobre eles e acho que será uma festa memorável.

10 – Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música representa em sua vida?

Música e amor são tudo! Ah e futebol, pesca e comida também [risos]

A música conecta as pessoas!

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