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A música conecta

Algo especial está acontecendo na cena eletrônica de Vitória

Por Manoel Cirilo em Notícias 21.12.2018

Vitória, capital do Espírito Santo, é localizada em região privilegiada do estado, rodeada por uma enseada que compreende diversas praias que tem atraído cada vez mais visitantes de diversas partes do Brasil e do mundo. As belezas naturais e a cultura da cidade encantam os turistas e garantem a qualidade de vida de que mora por lá. Até aqui não há grandes novidades, mas o que isso tem a ver com música eletrônica? Não, esse não é um guia turístico onde você vai saber as 10 coisas que você não pode deixar de fazer em Vitória.

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O que você vai descobrir aqui, no entanto, é a resposta para a pergunta do parágrafo acima e como a cidade evoluiu de uma região praticamente nula no contexto da indústria eletrônica nacional, para um destino que atrai cada vez mais os olhares da cena e sustenta uma crescente força techno ao longo dos últimos anos.

O paradoxo causado na abertura desse texto foi completamente proposital. Não só pelo cuidado que temos com quem nos lê, mas principalmente para explicitar em apenas dois blocos de palavras o quanto tudo na vida está suscetível à mudança. Mais do que isso, quando algum movimento fora do padrão acontece, ele permite uma nova visão a todo o contexto, com novas e ilimitadas possibilidades. A mudança tem um incrível poder transformador sobre nós e tudo que nos rodeia, sendo a principal responsável pelos avanços que percebemos nos mais variados campos da vida.

Para a cena eletrônica de Vitória, o movimento que permitiu seu surgimento foi executado pela gravadora Prisma Techno. A marca foi criada em 2014 como uma festa para difundir a cultura techno na cidade e era um dos poucos núcleos do underground existentes por lá nessa época. É claro que ela não foi amplamente aceita desde o princípio, mas a coragem de dar o primeiro passo e a vontade genuína que desse certo, foram capazes de transformá-la no que é hoje. Atuando no formato de gravadora desde 2017, a Prisma hoje é uma label de grande relevância no cenário nacional e espalha sua identidade pelo país com seus showcases que já tiveram edições em São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis e Joinville.

O trabalho da Prisma Techno permitiu o fomento da música eletrônica não só em Vitória, como em outras regiões do Espírito Santo. Atualmente, a capital capixaba conta também com o reforço do Toro Club, criado no início de 2017, que tem servido como um agente de mudança na região. O rooftop já recebeu em sua pista artistas como Eli Iwasa, Flow & Zeo, TouchTalk, entre outros nomes importantes do mercado nacional, e tem contribuído para o amadurecimento de iniciativas locais.

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Além dele, a mudança estimulada pela Prismo Techno abriu espaço para o surgimento de diferentes núcleos que contribuem para o fortalecimento da cena na região. A TETO iniciou as atividades logo depois da Prisma e segue uma pegada bem old school, no maior estilo inferninho. A Matador e a BÂN cobrem vertentes que vão do techno ao house, enquanto a Heals se configura como um espaço inovador e jovem, que abraça todas as tribos e linhas sonoras da música eletrônica, apenas para citar alguns.

Em apenas 4 anos, a cidade Vitória abriu espaço para a atuação de uma indústria gigantesca e amplamente difundida em outras regiões como São Paulo e Santa Catarina, que até então era praticamente inexistente por lá. Tudo isso por causa de uma pequena (ou não tão pequena assim) mudança iniciada pela Prisma Techno. O mais legal de tudo é que o crescimento da cena eletrônica por lá vem acompanhado de um aumento à valorização de artistas locais e o futuro disso tudo não poderia ser mais animador. Com certeza ficaremos de olho para saber o que mais a cidade e a Prisma farão por lá.

Apresentamos abaixo um pequeno dossiê com links para as páginas das principais marcas que estão em exercício por lá atualmente. Vale a pena conferir:

Prisma Techno
Toro Club
Festa Brisa
Festa Heals
Festa BÂN
Núcleo Tropicália

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