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A música conecta

Eli Iwasa e os melhores momentos da pista do Caos em seu primeiro ano

Por Alan Medeiros em Notícias 05.12.2018

Além de ser um DJ e produtora do primeiro escalão da cena nacional, Eli Iwasa também deve ser considerada uma das empresárias mais bem sucedidas e visionárias dentro do mercado da eletrônica no Brasil. Isso por quê ela entrega um trabalho inovador e relevante há mais de uma década, envolvida com diferentes projetos que o levaram até o Club 88 e o Caos, 2 clubs que tem Eli no comando atualmente.

Gerenciar um club ou festa de música eletrônica no Brasil não é uma tarefa das mais simples. Para obter êxito em tal missão é necessário muita dedicação, amor e empatia, par se colocar no lugar da pista e entender o que o seu público pede e precisa ouvir, afinal de contas, um club é feito das memórias de seu dance floor e compreender isso é o primeiro passo para entregar uma experiência relevante para o seu bem mais valioso, as pessoas.

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Nesse primeiro ano de vida, algo que o Caos soube colecionar muito bem foram os momentos inesquecíveis. Da inauguração, as festas com lendas da música eletrônica: quantas tardes, noites e manhãs memoráveis para cena de Campinas, não é mesmo? Como parte da comemoração pelo aniversário de 1 ano do Caos, convidamos Eli Iwasa para relembrar alguns desses momentos inesquecíveis.  De quebra, ela também gravou um mix especial para o nosso Alaplay Podcast:

A inauguração com Carl Craig

Ninguém sabe ao certo como vai ser a inauguração de um club. Tínhamos noção de quantas pessoas, o que esperar de cada DJ, mas você nunca sabe porque raramente as expectativas são superadas em todos sentidos. Sou muito observadora, e fiquei muito tempo olhando a reação das pessoas, e era nítido: o Caos se tornou uma realidade, e foi além do que o imaginado. Desde o set inaugural do Black Sun, à classe de Maurício Lopes, ao groove e melodia de Carl Craig, a nossa história começava e se misturava com as trajetórias e lutas e momentos de cada um que estavam na pista. Todos sentiam a nossa emoção e alegria, o choro de um puxou o meu, que puxou o da Bruna (Guedes), que puxou de outros amigos, porque algo muito especial nascia ali. Em 20 anos de noite, poucas noites me emocionaram como esta. Foi lindo.

Laurent Garnier

A imagem pode conter: 15 pessoas, pessoas sorrindo, multidão e área interna

Quando o projeto do Caos foi finalizado, a primeira coisa que fiz foi mandar uma mensagem para o Fernando Moreno, seu agente no Brasil e meu amigo de longa data. Aquele domingo de janeiro reuniu amigos da velha guarda, pessoas de todo estado de SP e de Minas Gerais, e sim, muita gente que não tinha idade para frequentar o Lov.e, e nunca tinha visto Laurent ao vivo. Lembro que quando ele entrou na cabine, meu sócio Antonio veio me dar um abraço e não segurou o choro (dá para perceber que a gente chorou muito aqui no club, né? hahaha). É uma realização profissional e pessoal muito grande para todos nós. Acho que quando olharmos para trás, vamos nos lembrar desse dia como um momento bem importante da cena do interior de São Paulo, com Garnier sendo Garnier: tocando do house ao techno a Donna Summer, com a entrega, fluidez e construção que fazem dele um artista único.

Recondite

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A maioria dos sets de DJ aqui são mais longos: de 3 a 4h. Quando de trata de um live, toda energia é concentrada num tempo curto de apresentação, e no caso de Recondite, foram 90 minutos de uma força avassaladora. Ele conseguiu arrancar a melhor reação de público deste 1 ano de Caos, 1h e 30 minutos de uma pista inteira com os braços para cima, voltada para a cabine, em verdadeira comunhão. Impressionante.

Nina Kraviz e Marcel Dettmann

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Uma das coisas mais legais do Caos é que ele se tornou destino para pessoas de toda região, de outros estados e de São Paulo. Sempre vimos muita gente daqui ir para a capital, e agora existe um fluxo no sentido contrário. Eu adoro Campinas, e tudo o que ela me proporciona, e o Caos é nossa declaração de amor à cidade. Desde a abertura já sentimos o potencial de agregar público de várias regiões, mas quando anunciamos esta noite, percebemos uma movimentação gigantesca de caravanas e vans, os lotes se esgotando em questão de horas, gente vindo de tudo que é canto do Brasil para ver os dois juntos em um club. A Nina e o Dettmann protagonizam uma das fotos mais especiais de nossa história, quando Kraviz entregou a cabine para Marcel, com visível carinho e respeito mútuo. Dettmann tocou no Clube Kraft em sua primeira turnê no Brasil há uns 10 anos, deu um sentimento bom de começo de um novo ciclo, vislumbrando todo nosso crescimento desde então.

Efdemin e Ryan Elliott

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Em termos de curadoria, esta noite resumiu muito bem a visão do Caos: consistente, avançado, variado; com história mas moderno, e ainda trouxe RHR e Gromma que são dois dos DJs brasileiros que mais gosto.

Dixon

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Dixon pode ser considerado o responsável pelo amanhecer mais bonito deste primeiro ano de club. O set dele nitidamente mudou quando o sol invadiu o galpão e iluminou o Caos, e o que vimos foi uma pista completamente conectada com o DJ, e Dixon fazendo o que faz melhor: musical, emocional, com mixagens imperceptíveis. Como esquecer quando ele tocou a “Tim’s Symphony”?

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