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A música conecta

Às vésperas de uma nova tour, Eli Iwasa compartilha suas 3 cidades preferidas do velho continente e apresenta mix exclusivo

Por Alan Medeiros em Notícias 15.06.2018

Construir uma trajetória de sucesso é um desafio e tanto, principalmente no mercado musical. Se afunilarmos para a música eletrônica, e mais especificamente para a cena techno no Brasil, os desafios multiplicam-se com o tempo e o suor que cada um derrama no meio do caminho. Aos 20 anos de carreira, Eli Iwasa, considerada uma das grandes referências da cena brasileira de dance music, mostra que não existe atalhos para uma caminhada sólida de sucesso.

// Quero ler uma entrevista com Eli Iwasa

A artista e empresária paulistana hoje viaja para representar o Brasil em mais uma tour pela Europa, junto com os showcases do Warung, club onde ela recentemente se tornou residente. Mas sua história começou a ser escrita em uma época em que a música eletrônica dava seus primeiros passos e era tão de nicho que imaginar um futuro promissor pra ela no país seria difícil. Nesse cenário, Eli, ainda muito jovem, não só acompanhou de perto todo o processo evolutivo do techno no Brasil, como contribuiu ativamente para o crescimento desta cena. Das noites lendárias do Technova, no Lov.e, Eli passou a comandar dois dos mais bem sucedidos clubs do país: Caos e Club 88, exercendo papel fundamental para o desenvolvimento da cena eletrônica no interior paulista.

Como DJ, estreou fora do Brasil já logo de cara no respeitado REX (Saiba mais sobre o club aqui) de Paris, em 2003, mesmo ano em que foi convidada para o Red Bull Music Academy na África do Sul. De lá pra cá, realizou diversas tours pela Europa mas esta que inicia hoje é especial: “É minha primeira turnê como residente do Warung, me sinto muito honrada de representar o club lá fora em clubs tão importantes”, ela conta. É um pedacinho de toda essa história que Eli carrega no case para apresentar amanhã (16/06) no Egg London, no Watergate Berlim dia 22 e na Pacha em Barcelona dia 24 de junho.

Abaixo, as top 3 cidades da japa do techno para tocar e visitar. “As três cidades provavelmente são as cidades que eu mais passei, onde eu mais fiquei de todas as minhas idas pra Europa”, ela conta. Pedimos então para Eli compartilhar com a gente um pouco das emoções que sente como DJ e frequentadora que tornam cada uma delas inesquecível. No esquenta, aproveitamos para subir o set que Eli compartilhou com a gente, gravado no D-EDGE no mês passado. Uma viagem musical pela sua carreira e pelas nuances do techno:

Londres, Inglaterra | Londres é onde eu me sinto em casa, tenho amigos na cidade, sempre tive estadas muito longas de um mês, dois meses. Dessa vez eu vou ficar pouquinho, mas é onde eu realmente me sinto a vontade, onde sempre falo que é como se fosse a minha segunda casa, minha casa fora do Brasil. Pra completar, eu gosto muito de tocar no Egg e curto toda equipe que trabalha no club. Os donos adoram brasileiros, o Ricardo, que é designer deles, também é brasileiro, e é um querido. Há uma relação diferente. Fora que em Londres tem muito brasileiro também, tenho amigos que já me acompanharam e que vão estar comigo mais uma vez, então é sempre muito especial

Berlim, Alemanha | Em Berlim eu sinto a mesma coisa. Já fui tantas vezes, eu amo a cidade principalmente no verão, poder estar ali, e também poder tocar em um club tão importante, numa cidade que é no centro de tudo. Lembro das minhas primeiras idas pra capital alemã e de como era legal estar presente em um lugar tão significativo para a cena. E o Watergate é um club histórico em Berlim! É muito especial perceber que hoje estou tocando lá. Para uma artista brasileira, estar ali é algo grandioso, já que a Europa é um mercado muito concorrido, principalmente nessa época. É difícil conseguir um espaço ali. Estou super feliz de poder retornar a Berlim e ao Watergate

Barcelona, Espanha | Minha relação com Barcelona é bem especial, tenho bons amigos morando lá, o Lucas e a Fernanda, e vou pra cidade há muitos anos. A última vez que estive na Pacha, onde eu toco dessa vez, foi só para curtir durante um Off Sónar, em uma noite com Red Axes e ANNA. Agora, um ano depois, estou de volta para tocar, e fazer minha estreia como DJ, mas já toquei em outros clubs da cidade, como o Moog e o Macarena. Tenho um sentimento de muita afetividade com Barcelona e estou muito feliz de poder encerrar minha turnê européia ali.

Acompanhe Eli em tour pelo Instagram.

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