Me lembro bem a primeira vez que encontrei as redes da Phouse. Naquela época eu já contribuía para a House Mag e cuidava dos conteúdos do Alataj. Por isso, ver um novo site sobre música eletrônica no Brasil me chamou a atenção e me deixou feliz.
Não segui acompanhando a Phouse num primeiro momento e em um intervalo de meses, aquele projeto que parecia pequeno, se tornou um protagonista no jornalismo sobre música eletrônica nacional. Luckas era o tipo de profissional que não esperava as coisas acontecerem, tinha um poder de engajamento forte e ótimo papo. Acho que isso explica um pouco como sua marca cresceu tão rapidamente.
Tive a oportunidade de estar com ele no Rio de Janeiro ano passado e nesta ocasião tivemos a nossa mais longa conversa. Ele me explicou bastante animado como tinha aprendido a programar sozinho, para tornar o site da Phouse melhor e mais assertivo.
Dentro do jornalismo focado em dance music no Brasil, a Phouse bateu grandes números e chegou ao patamar de referência ao conquistar o prêmio de Veículo Especializado no BRMC. Dentro de minhas estratégias de imprensa na BnL, colocar meus clientes por lá sempre foi prioridade máxima nos últimos 5 anos. Nenhum veículo no Brasil entregou tanto em termos de audiência e consistência.
Ontem, ao saber da terrível notícia sobre Luckas, o título deste texto logo veio a minha cabeça. Por vezes esperamos algo acontecer para realizar um sonho, para criar um negócio, para fazer uma viagem… Luckas Wagg definitivamente não esperava, fazia com as próprias mãos e parecia viver a vida de um jeito muito especial. Uma grande perda para o cenário da música eletrônica em tempos tão difíceis.
Nossos mais sinceros sentimentos a família e toda equipe da Phouse.
A música conecta.