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A música conecta

Qual foi a melhor pista de 2017?

Por Alan Medeiros em Notícias 22.12.2017

Mantendo nossa tradição de fim de ano, convidamos alguns dos principais nomes do mercado para responder a seguinte pergunta: Qual foi a melhor pista de 2017? O ano ficou marcada pela transformação de algumas cenas e a afirmação de festivais gringos no país – algo tão complexo que até mesmo a gigante Tomorrowland não conseguiu fazer. Além disso, vale ressaltar a conquista de espaço dos brasileiros no cenário internacional, surgimento de novos núcleos e clubs como Warung, D-EDGE e Vibe com programação de ponta o ano inteiro. Confira abaixo as respostas:

Alex Justino | D-EDGE 18th tour – Beehive. Passo Fundo

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A melhor pista do ano foi o início da comemoração de 18 anos do D-EDGE, na Beehive. O club é realmente o que falam por aí, tem um publico fiel muito forte e um staff exemplar. Foi meu primeiro live lá, com a pista respondendo o tempo inteiro e vibrando durante as faixas. Dois núcleos fortes da musica eletrônica no brasil organizando um evento, não poderia ser diferente.

Andre Salata | Sisyphos 29.10. Berlim

Fiz um set de 4h (inclusive faz parte da coluna Troally) que pareceu que estava tocando por 1h somente, tamanha foi a conexão que tive com a pista e como cada faixa foi fluindo durante a apresentação.

Arjana Vrhovac Jonsson | Mothership com Barac. São Paulo

2017 foi um ano excelente para cena em SP por vários motivos e aqui no D-EDGE foi excepcional. A programação não deixou a desejar, cada parte do quebra-cabeça foi encaixado no lugar certo para cumprir desejos de diferentes clubbers e atender as demandas tanto do publico quanto do mercado.

Para mim pessoalmente –a noite preferida do ano foi artista Barac na festa Mothership. Som bem diferenciado e energia positiva subindo até o teto, com ar muito performático. Foi importante também porque foi a primeira vez que tivemos oportunidade de ter artista romeno no line up.

Alem do Barac, todos os artistas do Dystopian fizeram apresentações incríveis:
Alex Do, Monoloc, Distant Echoes, Jon Hester e VRil (live). Valeu muito a pena, porque proporcionaram experiências sonoras vivas, inovadoras e ousadas. O publico, e eu mesma voltamos para casa com outras cabeças

BLANCAh | AHM. Beirut

2017 foi um ano super gratificante onde tive a oportunidade de tocar em clubes, festivais e pistas tão incríveis que fica difícil e da até uma dorzinha ter que escolher uma só. Uma das boas experiências que vivi foi em Beirut, no club AHM. Pra começar o conceito do club é incrível aliado a uma estrutura impecável. Além do mais os libaneses demonstram muito carinho por mim e pelo meu trabalho e as noites em que toco lá são sempre muito especiais pra mim.
A energia deles na pista é contagiante, cada vez que eu toco uma música minha a vibração do público é como a comemoração de um gol [risos]. Os fãs me levaram flores e presentes e essas demonstrações de afeto me arrebatam, principalmente por eu estar tão longe de casa. Saber que minha música chega até eles e nos conecta de uma forma única é o que torna está uma das pistas mais especiais de 2017 pra mim.

DBeat | Levels Minifestival. Porto Alegre

Foi uma combinação de fatores. Tudo contribuiu para que essa noite fosse perfeita.

Exequiel | EKO com Lake People. São Paulo 

Foi o conjunto que fez dessa festa algo tão especial. Estreamos nosso projeto nela e tivemos performances, ambientação, luz e som totalmente alinhados. Isso sem falar do novo live do Lake People que surpreendeu a todos que estavam na pista.

Fran Bortolossi | La Fabrica. Cordoba

A melhor pista que peguei enquanto tocava foi no La Fabrica em Córdoba na Argentina, na abertura da temporada deles. Foi uma festa incrível, que ficou por enquanto com o título de melhor do ano para mim. Na hora foi ótimo e depois recebi inúmeros feedbacks que fiz um ótimo set. Ouvindo outros DJs, foi Ricardo Villalobos e Raresh no Crobar em Buenos Aires. Fizeram um set de house ótimo, extremamente groovado e eu não conhecia quase nenhuma música.

Gabriela Loschi | Awakenings. Amsterdam

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Todo mundo que gosta de techno deveria ir no Awakenings Festival ao menos uma vez na vida. Ainda não tinha ido na edição principal no verão europeu, pois confesso que tenho preguiça de festival muito grande e achava que era meio super lotado. Mas acho que eu tinha esquecido como os holandeses sabem melhor do que ninguém organizar um festival. Aceitei o desafio do amigo Rodrigo Airaf, que me “arrastou” pra lá e então pude entender que esse festival não tem sua fama à toa e que Awakenings é uma das maiores marcas do Techno por motivos que ultrapassam o line up grandioso, é o todo construído ao longo dos 20 anos da marca. Organização IMPECÁVEL, a melhor que eu já vi, e respeitosa. Valores justíssimos de bebidas e comidas, mais baratos do que em muitos clubes em Berlim (que já é barato, mesmo sendo em Euro). A estrutura é aquela padrão Awakenings, palcos com design impecável e interessantíssimos, lazers, iluminação… o local, Spaarnwoude Houtral é tipo uma fazenda com diversos espaços em meio à natureza, lagos e florestas, que transformam a experiência em uma imersão muito interessantes. Além de todos esses fatores, foi também a última pista que eu curti com o amigo de longa data e um dos maiores e mais talentosos VJs do Brasil, Ortega, que veio a falecer este ano deixando um legado muito além da sua preciosa arte. Tenho todos os momentos do festival muito fortes me meu coração.

Gromma | [a:rpia:r] showcase. Barcelona

Sol, uma venue open air absurda e uma das semanas mais badaladas do verão europeu foram o cenário perfeito para os romenos deitar e rolar. Praslea + 8 horas de RPR Soundsystem. Inesquecível!

PS: felizmente teremos o Pedro e o Rhadoo no verão do Warung. Imperdível!

Gustavo Conti | Guy J no Warunng. Itajaí

melhor progressive que ouvi nos últimos tempos. Moderno e com uma roupagem nova inclusive. Fiquei mais de uma hora dançando sem parar embaixo do lustre verde.

Jefferson Miranda | Dekmantel Festival. São Paulo

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A chegada do Dekmantel esse ano ao Brasil foi algo realmente que marcou pra mim. Pra ser bem sincero eu não conhecia o festival até anunciarem sua edição no Brasil. Logo depois, alguns amigos me convidaram pra ir, gostei da  proposta que o festival tinha a oferecer e fui. Cheguei por lá bem ansioso e ainda sem saber o que tinha pra acontecer la dentro, me deparei com uma perfeita organização e baita produção. A record shop, a loja de merchandising e a distribuição de protetores solares me impressionaram bastante. A curadoria também estava impecável e pra mim os destaques foram Moodymann, Fatima Yamaha, Nina Kraviz e o meu preferido: Jeff Mills.

Kleber | Urban Soul showcase no Club Vibe. Curitiba

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Club incrível, com uma vibe excelente e com todos correspondendo a proposta da noite.

Leo Janeiro | Watergate. Berlim

O ano foi muito bacana, repleto de gigs especiais aqui no Brasil. Entretanto, a que mais me chamou a atenção foi o Watergate em Berlim.

Liquefied | El Fortin com Julian Jeweil e Leftwig & Kode. Porto Belo

Foi uma noite especial por termos tido a honra de entrega a pista para Leftwing & Kody, que sem dúvida alguma são uma das maiores referencias mundiais atualmente (no estilo que tocamos e seguimos). Obviamente que lá sempre foi e sempre será um lugar especial, pois recebemos todo o suporte e carinho de todos no club e também do público.

Marcelo Madueño | Tantsa com Etapp Kyle, Sterac e Vermelho

O retorno do Etapp Kyle à Tantsa em um set de 8 horas marca o aprofundamento do vínculo do artista com o público em um set que navegou por diversas nuances da musica eletrônica. Como warm-up a lenda Steve Rachmad aka Sterac deu uma aula de clássicos dos anos 90 de seus diversos projetos autorais.

Mau Maioli | Beat on Me 2 anos. Farroupilha

Esse é um dos projetos que eu iniciei junto com o Cris D e o Muinho Club aqui em Farroupilha. Foi visível a evolução que a festa teve desde o seu começo. Essa edição de 2 anos mostrou bastante do que aprendemos e crescemos musicalmente. Além de todas atrações terem uma ótima apresentação pude encerrar a noite junto com o Cris D. Uma das principais noites de 2017 para mim.

Mezomo | Som & Sol Festival. Santa Maria

Mais de três mil pessoas reunidas para um festival de techno e house com quatro atrações internacionais e o melhor da cena nacional numa cidade do interior do Rio Grande do Sul! Seria sonho algum tempo atrás, hoje é realidade em Santa Maria graças ao trabalho árduo da Sunset Sessions. O SOM & SOL Festival do último dia 02.12 aconteceu em um parque abandonado, com duas pistas surreais e teve como ponto alto a estréia do misterioso Hyenah no Brasil!

MOOV | Green Valley, 15 de Janeiro. Camboriú

Escolhi essa pista não apenas por ser a minha estréia em um dos clubs que já foi eleito o melhor do mundo algumas vezes, mas sim pela vibe que foi tocar neste local e especialmente por aquelas mãozinhas para cima ali na esquerda. Tocar com amigos na pista é algo indescritível e neste dia em especial haviam muitos no front.

Nezello | Amazon com Davis, BLANCAh e Boghosian. Chapecó

A Amazon no começo do ano em Chapecó foi minha preferida. Mesmo depois de um ano com diversas datas, essa ainda é a que ficou na lembrança como uma das melhores em termo de recepção, desde a descida do aeroporto até o fim da gig, aquela que nos sentimos em casa. Nesse dia toquei ao lado de BLANCAh, Davis, Boghosian, Zac, entre outros grandes artistas. Uma pista quente e com muita essência, me fez sentir o verdadeiro sentimento do que a música é capaz de fazer em uma atmosfera única.

Paulo Pires | Don’t Tell Mama. Cuiabá

O ano de 2017 me reservou grandes momentos, não posso deixar de destacar principalmente pistas no sul como o Hoss Club e Quintub que são em Passo Fundo e a Wave em Ijuí. Porém o meu grande destaque fica para o novo club Don’t Tell Mama em Cuiabá/MT. A casa foi inaugurada em Agosto, tem uma arquitetura super bacana, com ambiente intimista que aproxima muito o público do DJ. Outro destaque é a curadoria voltada a house music e suas vertentes que neste pouco tempo já trouxe nacionais como Káká Franco e Allen Rosa e internacionais como Thomas Von Party e Dicky Trisco. Sei que 2018 promete e muito para o clubinho. Vida longa!

Renato Cohen | Carlos Capslock Ré? Volta Para o Futuro Brasil

Foi uma dessas festas que quando você toca o publico, o espaço e o som ficam numa sintonia perfeita. Um momento mágico.

Rodrigo Ferrari | Deeplomatic, The BPM Festival. Playa del Carmen

A festa do label espanhol, o qual tenho feito bons lançamentos, rolou durante o super festival BPM, no roof top de um dos hotéis mais incríveis de Playa Del Carmen, o Reina Roja. Clima intimista, descolado, com a melhor vibe de um público de todos cantos do mundo totalmente entregue a música. O ano não poderia ter começado de melhor maneira!

Stekke | Timetech Stage, Tribaltech. Curitiba

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TIMETECH marcou história na Tribaltech e na cena nacional. Há muito tempo não se tinha uma pista com artistas de vanguarda com identidade musical tão forte. Mais de 4000 pessoas lotaram a pista do começo ao fim do festival, demonstrando o tamanho respeito que o minimal/techno vem reconquistando.

Foi um marco e uma conquista. Para artistas nacionais que defendem essa sonoridade há muitos anos, a Timetech foi um stage pontual, dentro do melhor festival
nacional, com repercussão internacional. Levando novamente o nome do país para todo o mundo, e fortalecendo a cena da música eletrônica de vanguarda dentro
do Brasil.

Tahira | Projeto Sound Rua.

Organizado pelo Marcio Mouse e Robson Lopes. Gratuito, mensal e com base na Estação Cultura em Campias. Sou defensor dos eventos gratuitos, cultura livre pra molecada. Na pista, cerca de 5 mil pessoas. Toquei house, hip hop, música afro brasileira e reggae. A casa caiu! Todos estavam cantando e dançando, foi insano. Fazia tempo que não sentia uma vibração dessas num set assim.

VAntônio | Mothership, 11 de Novembro. São Paulo

Este foi o meu primeiro ano tocando profissionalmente e foi neste período também que tive minhas primeiras experiências como tocar fora do estado e do país, tocar em outros grandes clubs como a Beehive (uma experiência única – desde as pessoas, a cidade, a organização do evento até a pista), e quando tive oportunidade de me apresentar ao lado de nomes já consagrados, como quando abri para o Guy J no D-EDGE e e peguei a maior e mais animada pista da minha vida. Foi um ano também que tomei “porrada da pista“, já durmo pouco, mas dormi ainda menos, vida pessoal impactada e senti na prática o ônus que também existe de viver de música. Chego no final do ano com muita coisa para refletir, rever, melhorar e outras que acredito que devo continuar.  Escolhi a data de 11/11, pois foi um dia a priori despretensioso com nomes “só nacionais” e com pessoas que convivo um pouco mais, me inspiram e com quem aprendo muito, principalmente o Stefano e a Mari. Tenho tocado algumas noites da Mothership que traz como proposta um som avançado, além de ter ido nos principais live acts internacionais do ano, mas nenhuma supera esta noite – principalmente pela construção estética. Desde primeira nota e beat tocado no warm-up pelo Stefano, até a construção passando por mim, o ápice com a Mari e o fechamento com o Techjun. Uma noite onde não só o meu som fez sentido, mas toda a construção, além de ter presenciado na prática o termo “avançado” sendo materializado na forma de música e uma pista com a “cabeça aberta” para novas ideias!

Wehbba | Eastern Electrics Launch Party, Egg London. Londres

Fui o último da noite, na pista principal, entrando no som por volta das 5:30 da manhã. A vibe foi tão incrível que acabei fazendo um long set até as 9, tendo que parar o som com a pista cheia e com gente gritando pedindo a última, uma das minhas apresentações mais intensas de um ano repleto de gigs ótimas. Definitivamente uma das mais legais que já tive em Londres.

A música conecta as pessoas!

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