Para os entusiastas da música eletrônica, é sempre gratificante acompanhar o nascimento e fortalecimento de uma nova cena. No Brasil, algumas cidades já possuem tradição dentro do cenário house/techno e costumeiramente são nesses polos que os principais artistas nacionais e internacionais estão envolvidos.
Em Santa Catarina, por exemplo, o litoral possui uma reconhecida tradição. O mesmo vale para região de Passo Fundo e de Caxias do Sul, no estado do Rio Grande do Sul. Já no Paraná, um protagonismo solitário da capital do estado, Curitiba, tem se transformado nos últimos meses graças a um trabalho sólido e sério de núcleos independentes da região oeste do estado e também da fronteira com o Paraguai.
Para celebrar esse grande momento da cena na região, nós compilamos um pouco do trabalho dos três principais coletivos atuantes por lá. Se você já os conhece, aproveite para relembrar grandes momentos protagonizados por eles. Se nunca ouviu falar, prepare-se para uma bo surpresa. Confira abaixo:
Odb | Com sede em Ciudad del Este, a Odb é um movimento de caráter genuinamente underground que desde seu primeiro evento apresentou ao público uma proposta relacionada a música avançada. Já são mais de 5 eventos realizados até aqui, com line ups que incluem nomes como Ney Faustini, Doriva Rozek, Gromma, Stekke, Wesley Razzy e Andrew James Gustav. O próximo da lista é ninguém menos que o romeno Barac, que se apresenta no dia 10 de Junho em formato de long set, também em território hermano.
Sharp Movement | Baseado em Cascavel, o Sharp Movement é um projeto que tem trabalhado em prol da cena dentro e fora das pistas. Além dos eventos organizados por Charlly Roger e sua equipe, há também a preocupação por uma boa geração de conteúdo e conceito visual diferenciado – isso inclui a parte gráfica e também a fotografia dos eventos. No fim de Maio, eles recebem Andre Lodemann e Márcio Vermelho. Gromma, L_cio e Mihai Popoviciu já passaram por lá também.
The Lab | Deixe um pouco de si, leve um pouco de nós. O slogan do The Lab dá a tona da intensidade dos eventos organizados pelo coletivo. Mesclando noites entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este, eles já apresentaram nomes do calibre de Cesare vs Disorder, Gromma, L_cio, Zopelar, Davis, Danee, Priku e mais recentemente Roman Flügel. Quase sempre os headliners entregam long sets, algo que potencializa bastante a experiência proposta pelo núcleo.
O que eles tem em comum? Um excelente envolvimento do público e a posição de transformadores dentro de um contexto que tem se mostrado cada vez mais promissor. O ano de 2017 apresenta-se como um divisor de águas para essas três marcas que devem seguir evoluindo e chamando nossa atenção. Parabéns pelo ótimo trabalho feito até aqui.
A música conecta as pessoas!