Skip to content
A música conecta

Vivemos um período de crise nas curadorias artísticas?

Por Alan Medeiros em Polêmica 06.04.2015

Clubs são empresas e consequentemente, eles precisam pagar suas contas. Mas as responsabilidades culturais de cada um não devem ser esquecidas, e embora o momento do mercado seja bom mesmo durante uma crise nacional, um puxão de orelha nos responsáveis pelos principais eventos do país ainda está em tempo.

Antes é preciso deixar claro que não sou daquela turma dos eternos insatisfeitos e que o título dessa matéria é realmente uma pergunta para reflexão e não uma verdade absoluta. Apesar de pouco tempo de cena, acho que vivemos o melhor momento de mercado da nossa história. Clubs, agências e labels passam por um processo de profissionalização cada vez maior. A quantidade de profissionais capacitados no mercado já é interessante, temos uma conferência anual que funciona e o mais importante, um calendário ativo.

O que me preocupa, é alguns nomes que praticamente vivem no Brasil, tiram espaço de bons artistas nacionais, viciam o público e não abrem oportunidades para agências (que também tem culpa no cartório) trazerem novos artistas. Sem a indelicadeza de citar nomes, mas alguns artistas são de fato mais reconhecidos no Brasil, do que em qualquer outro lugar no mundo. Isso não é problema, mas complica quando esses nomes não tem uma boa discografia, não lideram nenhuma grande label ou marca e vivem aqui apenas parasitando.

Está aberto o debate, com tantos bons artistas no Brasil e no Mundo, por que insistimos mês após mês em nomes iguais no line up? Se é necessário, que os mega populares paguem a conta de apostas mais ousadas dos clubs, que venham 1 ou 2 vezes por ano e não a cada 2 meses. Lembre-se, educar é sempre o melhor caminho e toda forma de negócio fácil tem um fim doloroso.

A MÚSICA CONECTA 2012 2024