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A música conecta

Uma análise sincera sobre o line up do Resistance no Ultra Brasil

Por Alan Medeiros em Notícias 16.09.2016

Essa semana a organização do Ultra Brasil divulgou a Phase 3 do line up e com ela, veio o resultado final do palco Resistance, espaço do festival dedicado para artistas do cenário house e techno. Como já era de se esperar, parte do público não gostou e criticou. Mas, devemos olhar além dessas críticas, até por que esse posicionamento possivelmente seria mesmo, independente de qualquer outro nome que fosse anunciado. Pra muita gente, o que vale mesmo é apenas criticar e quem busca o crescimento sustentável da cena, precisa olhar além disso.

Para fazer uma análise sobre o line up proposto, é necessário pensar além dos artistas que figuram no flyer. Todos sabemos que o momento econômico do país não é bom e que o Ultra já teve de superar alguns problemas antes mesmo de acontecer. Isso tudo, cria uma atmosfera de instabilidade, que muitas vezes dificulta as negociações e obriga a curadoria e optar pelos famosos tiros certos. Ainda assim, o que foi apresentado está longe de ser um line preguiçoso. Há coerência, grandes retornos ao Brasil e artistas que estão em alta no mercado internacional.

A brasileira ANNA, talvez seja a maior prava dessa coerência que citamos. Ela e Nicole Moudaber são as únicas mulheres entre os headliners do evento (o que de certa forma é bem triste nos faz pensar, mas isso é assunto pra um outro post). Além disso, ANNA também é a única artista do Brasil a figurar entre os big names do Resistance. Isso comprova o grande momento que ela está passando na carreira, com gigs confirmadas em diversos países da Europa e uma tour que parece não ter fim.

Os tiros certos do line up também são artistas com a reputação em alta no cenário internacional. Tale Of Us, Art Department, Hot Since 82 e Carl Cox, possuem um fluxo de trabalho positivo no exterior e já há alguns anos são donos de uma base de fás representativa em nosso país. Matador, Matthias Tanzmann, Pan-Pot e Nic Fanciulli também são artistas que já conhecem bem o país e ainda estão em alta por aqui, apesar de não ter o mesmo apelo dos citados no primeiro momento. Nomes como Steve Lawler e principalmente Jon Rundell cham a atenção por não visitar o país com tamanha frequência, mas ao mesmo tempo que não são artistas desconhecidos, também não são super stars dentro da nossa cena, sempre complicada de entender.

Quem for curtir o palco Resistance nos dois dias de Ultra em Outubro, no Rio, vai poder dançar ao som de uma sequência que não soará como uma grande salada de frutas – Alok e Vintage Culture passaram longe do palco, por exemplo. Claramente, houve a preocupação de montar algo que tivesse um apelo artístico e popular bacana ao mesmo tempo. Essa proposta está funcionando na teoria, aguardamos para ver como será na prática. A música conecta as pessoas!

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