16 de Novembro de 2018, data de nascimento da Tangerina Soundsystem para o público. Na verdade, o projeto comandado por Frans, K0ntra e Iuri Denian Potter nasceu algum tempo antes, no campo das ideias. A materialização delas em formato de experiência começou a ocorrer naquela inesquecível noite de sold out e alegria com pitadas generosas de caos no The Harbor, que na ocasião tinha seu soundsystem comandado por Renato Cohen e Dani Souto, na posição de convidados.
A estreia com sucesso absoluto de público e engajamento só não foi melhor pela falha no sistema operacional da casa, que acabou afetando um pouco a experiência de pista por conta da lentidão na entrada e nos bares. Um mês depois lá estavam eles na Praia Brava, apresentando a primeira edição da Tangerina Open Fair, um evento gratuito com diversas atrações não musicais e Moka Silvy, Brisa Busters e Kika Deeke no comando da nave.
Antes que o ano acabasse, ainda sobrou um tempo para uma festa “side B” no LIT Bar em BC, com K0ntra e Frans recebendo o garboso Akin/Non Exist, líder do coletivo Metanol e peça chave no crescimento recente da cena eletrônica de São Paulo. 2019 começou com a Tangerina Soundsystem batendo na tecla que seria um ano especial, externa e internamente. Em Janeiro teve Cauana no Brava Food Park e em Março, a trupe se junto com o núcleo Tori para receber Caio Taborda aka Caio T.
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Nessa jornada de quase um semestre, muita coisa aconteceu, mas a principal delas diz respeito ao rápido amadurecimento de seus integrantes enquanto equipe. Amanhã [20], eles retornam ao The Harbor, palco da primeira festa, para receber uma dupla de DJs barra pesada demais: Millos Kaiser, líder do Caracol Bar, e Phil Mill, um dos artistas do coletivo curitibano Alter Disco – Frans e Kika Deeke completam o line up. A ideia é clara: encerrar este momento com chave de ouro, passar uma borracha nos erros da primeira edição e abrir as portas de uma nova fase.
Um dos grandes destaques da Tangerina neste momento é a forma como a marca posiciona seu perfil sonoro, em um canto que é praticamente só dela na região – dada a preferência por techno e um house mais “puro” que outros coletivos daqui possuem. Ainda é cedo para dizer aonde eles podem chegar, mas possivelmente estamos acompanhando o surgimento e crescimento de uma festa que pode romper barreiras no litoral de Santa Catarina, polo histórico da dance music brasileira.
A música conecta.