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A música conecta

O segundo Vitrola Radioshow é assinado por um apaixonado por discos: Leonardo Ruas

Por Alan Medeiros em Notícias 23.06.2016

A estreia do Vitrola Radioshow foi com o paulistano Ney Faustini, que nos entregou um mix com faixas de nomes como Chico Buarque, Tim Maia, Jorge Ben e por aí vai. O mesmo Ney Faustini deu a dica de quem seria o nome ideal para assinar a segunda edição: Leonardo Ruas, a quem descreveu como um cara dono de uma coleção absurda de discos. Como se não bastasse, Leo também é fundador da Soulset Festa e movimenta a cena de São Paulo através de seus sets que refletem uma grande pesquisa musical. Além de um mix exclusivo para o Vitrola Radioshow 002, Leo também comentou sobre sua relação com a cultural vinil. Confira abaixo!

Com a palavra, Leonardo Ruas:

Minha história com discos não foi herdada da família, não tenho idade pra falar que comecei tocando com vinil (na minha época a maioria já usava CDJ), meu berço não é de “ouro musical”, minha mãe é do pagode, não tenho um musico na família… Mas ela é a mais pura e verdadeira! Meu primeiro “aparelho” de tocar foi UM toca discos e um mixer, não me pergunte por que, eu tinha somente um, nenhum disco e muito menos uma ideia de onde ia parar. Um mês depois comprei dois CDJs, no ano seguinte me dediquei a comprar CDs e em algum momento comprei meu primeiro disco e nunca mais parei. Não considero um vicio, considero uma terapia! É algo que me faz bem. Hoje não tenho CDJs no home studio, raramente compro musicas digitais, arrisco dizer que não existe uma semana que não tenha comprado ou pelo menos separado discos no carrinho (ainda uso bastante as lojas virtuais para comprar musica eletrônica), é meu maior amor e meu bem mais valioso. Quando comecei a comprar me deparei com o maior problema que um colecionador pode enfrentar: eu não me dedico a um estilo musical mas sim a praticamente todos. Minha coleção é de Jazz, Soul, Funk, Boogie, Disco, Drum and Bass, Reggae, Musica Brasileira em geral, House, Techno, Hip Hop, Musica Africana, Latina, Gospel e muito mais. Sou enlouquecido por pesquisar, cada descoberta me arranca um sorriso sem igual.

Não sou do tipo audiófilo, que diz ser o vinil o melhor formato para audição. Já li muito sobre, mas meus ouvidos não são tão treinados assim. O diferencial é ser palpável, ter capa, informações extras e principalmente que na maioria das vezes vou até uma loja e troco informações com pessoas que entendem muito, sempre descubro algo novo. Gosto desse sentimento de estar vivendo intensamente, largando um pouco o mundo digital e sentindo mais. É ótimo o caminho até a loja, entrar, conversar, separar, ouvir e o melhor comprar o ALBUM. Quantas musicas maravilhosas existem a serem descobertas, quando você esta no mundo digital tudo é tão rápido que mal temos “tempo” para ouvir um álbum inteiro. É ótimo deixar o disco rolar por inteiro e descobrir novidades que se tornarão suas musicas prediletas.

Sou assim nostálgico e amante de discos. E enquanto tiver saúde trabalharei para poder ter um trocado e comprar.

DISCO É CULTURA

A música conecta as pessoas!

Sócrates – Como? [Alvorada – 1979]
Celeste – Serrado [Tapecar – 1978]
Jorge Ben & Trio Mocotó – Oba, Lá Vem Ela (Live In Japan) [Philips – 1979]
Aquarius – Europanema [Continental – 1976]
Brasil Show – Lágrimas [Vôo Livre – 1983]
Cassiano – Onda [Polydor – 1976]
Gerson King Combo – Good Bye [Polydor – 1977]
Tom e Dito – Ponta De Areia [Tapecar – 1973]
Silvio Cesar – A Festa [RCA Victor – 1977]
Tim Maia – O Trem (1ª Parte) [Seroma – 1982]
Claudia Telles – Foi Como Um Sonho [CBS – 1978]
Burnier & Cartier – Mirandolina [RCA Victor – 1974]
Alex Malheiros – Papaia [Milestone Records – 1985]
Dom Um Romão – Escravos De Jó [Pablo Records – 1976]
Chico Buarque – Prólogo [Telectra – 1973]
Edson Conceição – Quem Tem Fé, Não Sai! [CBS – 1977]
Os Tincoãs – Oxossi Te Chama [RCA Camden – 1975]
Joyce – Aldeia De Ogum [EMI – 1980]

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