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A música conecta

Alataj entrevista Adrian Hour

Por Alan Medeiros em Entrevistas 16.04.2018

Original de Buenos Aires, mas atualmente residindo em Berlim, Adrian Hour é um nome proeminente entre a nova geração de produtores sul-americanos. O start da jornada na dance music foi ainda muito jovem e a experiência adquirida ao longo dos anos hoje reflete lançamentos por labels como Knee deep in sound, Toolroom, Natura Viva e Relief, além de suportes de artistas do calibre de Carl Cox, Hot Since 82, Richie Hawtin e Solomun.

O currículo deste talentoso DJ e produtor argentino não para por aí. Adrian ainda conta com um poderoso remix oficial entregue para os caras do Basement Jaxx e uma série de aparições nos topos dos charts do Beatport desde 2015, ano em que sua carreira teve uma considerável intensificada em termos de ações. Algumas das pistas que Hour já deixou sua marca incluem o The BPM Festival, Space Miami, Marquee New York, Ultra, Amnesia, Egg Londo e Womb Tokyo.

No próximo fim de semana ele aterriza em terras brasileiras para trazer seu estilo de discotecagem e produção para edição da Tribe que acontece no El Fortin. Antes disso, convidamos Adrian para responder algumas perguntas que giram em torno de highlights de sua carreira. Confira:

Alataj: Olá, Adrian! Tudo bem? Sabemos que a música eletrônica possui um significado especial para o povo argentino. Como isso impactou sua carreira?

Adrian:  Olá, estou bem, obrigado! Sim, é verdade isso sobre a música eletrônica e o povo argentino. Acho que crescer em um país com uma influência tão grande torna as coisas mais agradáveis e fáceis quando você procura uma boa inspiração. Claro que não é a maior cena da música eletrônica no mundo, mas ainda assim é muito boa.

Toolroom, Knee Deep in Sound e Relief são apenas alguns dos labels que você tem colaborado recentemente. Quão importante essas marcas tem sido para o seu desenvolvimento?

Para mim, é muito importante trabalhar e lançar nesses labels. Eu costumava ouvir e tocar muitas faixas clássicas lançadas neles, então foi como tornar meus sonhos possíveis. Trabalhar com Green Velvet, Mark Knight e Hot Since 82 é uma parte importante da minha vida.

Conversando com alguns DJs anteriormente, percebi que eles identificam algo diferente na música de produtores sul-americanos. Você concorda com isso? De alguma forma, as raízes da música latina influenciam na produção de seus sons?

Sim, eu concordo com essa afirmação. As influências da nossa cultura são muito fortes e você consegue sentir isso claramente na arte. Hoje em dia a nova geração tem influência de todos os lugares, com a internet tudo é possível para todos.

Remixar Basement Jaxx é um privilégio para poucos. Conta pra gente como surgiu essa oportunidade e qual ideia você quis implementar no seu remix?

Remixar Basement Jaxx foi um grande privilégio, eu sei. Eles me pediram para fazer um remix através da Toolroom e eu não conseguia acreditar quando isso acontece. Então, dei o meu melhor no remix, que já é bem antigo, mas ainda toco às vezes nos meus sets.

Certamente você é o tipo de artista que está a todo momento procurando por novos sons e estilos. Nos últimos meses, o que tem captado mais sua atenção?

Eu adoro mergulhar em novos sons e estilos o tempo todo, isso faz eu me sentir vivo. Mudar para Berlim há quase dois anos foi uma coisa muito importante na minha vida, musicalmente falando, encontrei alguns sons novos como afro house, downtempo, além de sons novos na cena house e techno.

https://www.youtube.com/watch?v=jphoCe1HAg8

Equilibrar uma agenda profissional junto a pessoal é uma tarefa ingrata e muito difícil. Como você busca fazer isso? De alguma maneira, você não sente que os dias, meses anos estão passando cada vez mais rápido?

Eu sinto que o tempo está passando cada vez mais rápido, claro, mas para ser sincero é algo que eu estou tentando não pensar [risos]. Às vezes quando estou viajando me sinto como um robô, mas no fim eu gosto de estar em quase todos os lugares ao mesmo tempo com pessoas ao redor do mundo, novos amigos, novas músicas, novos sentimentos. Passo muito tempo em aeroportos e isso é algo que eu ainda estou aprendendo. “Como aproveitar esse tempo melhor?” é a questão… então você começa a apreciar algo que era tão chato e cansativo no passado.

Suas recentes produções são bastante direcionadas para o dance floor, certo? Em outras épocas ou até mesmo atualmente, você já experimentou a produção musical em outros estilos diferentes, que não house e techno?

Sim, trabalho com o conceito de música para o dance floor, pode ser melódico ou groove, lento ou rápido, mas é sempre para o dance floor. Mas gosto de criar música e não serei feliz em fazer apenas um estilo.

Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música representa em sua vida?

A música é uma grande parte da minha vida, é a maneira como nos comunicamos sem palavras e na maioria das vezes é a resposta para mudar o seu humor. Eu faço música porque é a minha melhor maneira de espalhar e compartilhar a energia que existe dentro de mim.

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