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A música conecta

Amazon empilha temporadas de bom trabalho e celebra sucesso em Chapecó. Falamos com Zacchi!

Por Alan Medeiros em Entrevistas 11.07.2017

No extremo-oeste de Santa Catarina encontra-se um dos clubs de maior destaque da cena nacional atual. Cravado na querida Chapecó, o Amazon é referência no estado e na região quando o assunto é música eletrônica dentro de um contexto que prima por curadoria, estrutura e inovação.

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Nomes como Sidney Charles, Agoria, Hernan Cattaneo, Danny Daze, Karmon e Lee Foss já se apresentaram na cabine do club, que possui um formato semelhante ao do Warung Beach Club. Para o restante do ano, grandes festas e artistas desembarcaram em Chapecó. Ainda em Julho, rola uma edição do D-EDGE Showcase, com Renato Ratier, Lookalike e Ney Faustini. Em Agosto, quem volta a tocar no Amazon é o belga Kolombo. Já em Setembro, a comemoração do aniversário de 8 anos do Amazon será comandada por ninguém menos que Hernan Cattaneo.

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Mandamos 8 perguntas para Thiago Zacchi – um dos cabeças do club – para descobrir mais sobre a história por trás do sucesso da marca Amazon. Confira abaixo o resultado do bate-papo:

1 – Olá, Thiago! Obrigado por nos atender. Toda história de sucesso possui uma origem. Fale um pouco sobre como a caminhada do Amazon começou:

Começamos fazendo festas alternativas, para poucas pessoas, montando o equipamento em sítios e em outros lugares mais reservados, que no começo reuniam de 30 a 50 pessoas. Esse número foi subindo, chegando ao ponto em que decidimos construir um lugar especialmente para isso. No início, a capacidade do Amazon era para 300 pessoas, sendo um club muito simples, no qual a nossa própria família trabalhava, inclusive minha mãe.

2 – Hoje em dia o Amazon é reconhecido como um dos principais clubs do país, mesmo estando localizado em uma região sem muita tradição na música eletrônica. É possível dizer que vocês construíram uma cena do zero? Quais são as principais diferenças do mercado na região quando comparamos o período atual e a época de abertura do club?

Uma região que não tem tradição na música eletrônica? Pra mim, Chapecó é uma das cidades com maior tradição nesse cenário. Por oportuno, cito grandes nomes que já passaram por aqui nos últimos 10 anos: Hernan Cattaneo, Nick Warren, Sasha, Booka Shade, Lee Foss, Hosh, Phonique, Gorge, Paolo Mojo, Amine Edge & DANCE, Boris Brejcha, Troy Pierce, Format:B, Rodriguez Jr, Karmon, Sidney Charles, Danny Daze, Nina Kravitz, Claptone, Doctor Dru, Betoko, Kolombo, Loulou Players, Tapesh, Benoit & sergio, Hot Since 82, Pillowtalk, e praticamente todos os artistas nacionais.

Eu particularmente não entendo por qual razão a mídia utiliza o termo off-circuit… Chapecó é mais On-Circuit do que a maioria das capitais e grandes centros do Brasil.

Sobre a cena, não a construímos do zero, existem várias pessoas que tiveram efetiva colaboração, assim como núcleos que atuam em diferentes frentes, agregando a cena no seu contexto geral. Ninguém faz nada sozinho.

3 – Sasha, Hernan Cattaneo, Booka Shade e Sidney Charles são apenas alguns dos nomes que já passaram pelo club. Entre tantas atrações importantes, há alguma que você considera mais relevante ou especial para a jornada do Amazon?

Não há como eleger apena uma, pois todas as atrações são extremamente importantes para o Club. Particularmente falando – já que também sou artista -, foi memorável acompanhar de perto o nível do profissionalismo do Hernan Cattaneo. Foi uma noite de muito aprendizado, não somente pelo conteúdo musical que ele ofereceu, mas também pelo seu comportamento enquanto profissional.

4 – Muita gente diz que o Amazon é o Warung do oeste, isso principalmente por conta da arquitetura. De fato, o templo foi uma inspiração para construção?

De fato, foi. Nós somos frequentadores assíduos do templo, pegamos muitas noites mágicas por lá e isso nos contaminou. Gostaríamos de ter algo parecido perto de casa, e assim, de uma forma um tanto quanto maluca, começamos a ideia de um Club de música eletrônica em Chapecó.

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5 – Em recentes eventos, vocês testaram a pista Selva. Fale mais sobre o projeto e nos conte se ela será fixa daqui pra frente.

A pista Selva foi um grande sucesso no último verão, nosso público amou. A ideia é reabrir ela na próxima temporada de verão, de forma definitiva, e que não seja apenas uma segunda pista, podendo ser utilizada de forma independente. O projeto já está pronto e estamos em fase de orçamento e viabilidade. O ambiente tem um pouco das características da região, muitas árvores nativas e flores que carinhosamente foram plantadas pela nossa guardiã, Marosane Bertolini.

6 – A logística para clubs off circuits geralmente é mais complicada que para os das capitais. Como vocês tem buscado equilibrar as contas para seguir trazendo atrações de ponta para o Amazon?

Não é somente a logística que complica, mas principalmente a diferença no valor dos ingressos, que nos grandes centros são vendidos por mais que o dobro do preço praticado no Amazon.

Equilibrar as contas é um assunto delicado no momento. Trabalhar com eventos tem se tornado cada vez mais difícil. O Amazon só está aberto hoje porque não é apenas uma empresa. Nós somos uma família, que está unida tanto nos momentos de glória, quanto nos mais difíceis. O Brasil hoje vive uma recessão, e isso torna as pessoas mais seletivas quando o assunto é diversão. Sendo assim, nosso objetivo, hoje, é ser a primeira opção para essas pessoas.

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7 – Quais são os artistas que ainda não tocaram no club e estão na to do lista de vocês?

Olha, acho que desencanamos um pouco de trazer artistas que ainda não tocaram no Club. O sonho de todos os sócios era o Hernan, e já foi realizado, depois de quase uma década de trabalho. O foco agora é melhorar o nosso produto, atendimento, acessos, bebidas, soundsystem e, principalmente, relacionamento. Queremos estar mais perto dos nossos clientes, para entender melhor o que podemos fazer por eles. Acreditamos que isso é mais importante do que qualquer atração.

8 – Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música representa na sua vida?

Tudo. A música é minha essência, e tudo que eu tenho me foi dado por ela. Eu sobrevivo da música, e espero que assim seja até o final da minha vida.

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A música conecta as pessoas! 

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