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A música conecta

Falamos com um dos nomes brasileiros fortes do tech-house em 2017: Ariel Merisio

Por Alan Medeiros em Entrevistas 23.01.2017

A primeira edição da Go!, festa do Alataj focada em tech house, teve como atração principal o DJ e produtor Ariel Merisio. Ariel vem desenvolvendo um trabalho capaz de surpreender até mesmo os mais experientes na cena (Leo Janeiro o indicou como um dos 5 possíveis destaques de 2017, aqui mesmo no Alataj). Isso por conta de uma evolução significativa de seus resultados no estúdio e uma experiência no DJing que foi conquistada na pista, seja como clubber, ou como um assíduo pesquisador. Ouça a participação de Ariel no Alaplay: 

Não é exagero dizer que Merísio é aquele tipo de artista moderno, preparado para todas as ocasiões que um profissional da dance music pode enfrentar ao longo da caminhada. Após um 2016 promissor, ele se prepara para uma nova temporada repleta de desafios e boas novas – ao menos é isso que todos esperam. Conversamos com ele sobre os principais acontecimentos de sua carreira até então e as aspirações para o futuro. O resultado você confere nesse bate-papo exclusivo:

1 – Olá, Ariel! Muito obrigado por nos atender. Sua identidade musical é fortemente ligada ao tech house. Como foi a construção desse perfil?

Olá Alataj, primeiramente muito obrigado pelo convite, é sempre muito gratificante conversar com vocês. É engraçado pensar como isso tudo se formou. Acho que desde sempre tive uma ligação muito forte com esse estilo, ele possui um feeling único, me encanto com as sensações que ele proporciona, dentre elas, um groove gostoso, macio e dançante. Há seis anos, tive meu primeiro contato com a discotecagem, foi algo incrível, mas eu sentia que podia mais. Então, há pouco mais de dois anos, esse vinculo com a musica se intensificou e a sensação de poder mais foi preenchida quando pude colocar nas minhas faixas toda a euforia que havia em mim.

2 – O ano de 2016 foi importante para sua carreira e ficou marcado por suportes de nomes como Marco Carola e Roger Sanchez. Qual foi a sua sensação ao descobrir que esses artistas estavam tocando suas faixas?

Me lembro como se fosse hoje, eu estava no aeroporto esperando meu voo, e comecei a assistir um vídeo, que uma pessoa havia compartilhado nas redes sociais, de uma apresentação do Carola no Pacha Munich, e na metade do vídeo, vi que o Carola estava tocando minha faixa “Soft Jam”. Eu não sabia ao certo o que estava sentido, eram tantas sensações que eu simplesmente não conseguia identificar. Em seguida vieram os outros suportes, e aquelas sensações mistas aumentavam, mas ainda sem saber ao certo o que estava acontecendo. Hoje, quando vejo o que aconteceu comigo nos últimos meses, posso afirmar que fico muito feliz e tranquilo de saber que aqui é o meu lugar, estou no caminho certo.

3 – Além desses importantes suportes citados, você também teve uma bom ano falando de estreias, com gigs em clubs importantes do Brasil como Vibe e hoss. Quais são seus principais objetivos para 2017?

2017 começou a todo vapor, tive um breve encontro com Stefano Noferini, onde pude conversar com ele e agradecer pessoalmente por ele ter indicado uma faixa minha como uma das melhores de 2016. Quero continuar meu trabalho como produtor, acho que estou em uma das melhores fases da minha vida e isso é uma grande inspiração para as produções. Em paralelo a isso, quero mostrar para todos meu potencial como DJ, quero fazer com que cada vez mais pessoas vejam a minha apresentação e sentir aquilo o que eu quero transmitir. Claro, isso é um trabalho que leva tempo, mas acredito que novas estreias acontecerão e que muita coisa boa esta por vir.

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4 – Brusque, sua cidade de origem, tem revelado bons produtores para a cena nacional. Fale um pouco sobre sua relação com Wilian Kraupp e tarter

[risos] Wilian e Tarter são meus amigos, há muitos anos, os considero como parte da minha família. Conversamos sobre tudo, e claro, muito sobre musica. Eles já estão neste caminho a mais tempo do que eu, já passaram por coisas que estou vivendo neste momento, pude acompanhar de perto e vibrar junto com eles, assim como estão vibrando juntamente comigo o momento que estou vivendo.

5 – Falando um pouco sobre lançamentos. O que podemos esperar para 2017?

Para 2017, tenho 3 remixes prontos que já tem data de lançamento. O primeiro deles é para Not For Us gravadora do Rods Novaes e Wender A. Outro remix para gravadora italiana Habla Records e o ultimo é um remix de uma faixa do Kaiq e Paul Quzz para gravadora Azul Tunes. Também acabei de assinar um remix para a gravadora argentina Rezongar Music, estou muito ansioso para fazer produzir esse trabalho, acredito ser um desafio e tanto, pois não é o conceito musical em que estou habituado em trabalhar, mas experiências novas e desafios sempre serão bem vindos. Para concluir, recebi um convite da Radiola Records para lançar EP no primeiro semestre deste ano. Tenho também, outros objetivos traçados, tudo isso para que a minha musica alcance cada vez mais pessoas pelo mundo.

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6 – Para encerrar, uma pergunta pessoal. O que a música representa em sua vida?

Acho que a musica está além de ser representada, ela está inserida na minha vida e no meu corpo, junto com o sangue, independe de estilo ou gênero a musica reflete e representa aquilo que estamos absorvendo do universo e ao mesmo tempo o que estamos mandando para ele. É como se a música fosse a responsável por fazer a comunicação entre nossos sentimentos e o universo.

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A música conecta as pessoas! 

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