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A música conecta

Atitude e intensidade. O sucesso do Format:B já atravessa gerações

Por Alan Medeiros em Entrevistas 05.08.2015

Os alemães Franziskus Sell e Jakob Hildenbrand são os responsáveis pelo projeto Format:B. Na última década o duo conquistou diversas pistas do Brasil e do Mundo desenvolvendo um tech house com um DNA incrível. O sucesso da dupla já atravessa gerações e a fórmula para isso não parece ser difícil de desvendar: música boa + atitude + intensidade. Conversamos com a dupla as vésperas de mais uma tour em solo brasileiro, eles aproveitaram e gravaram um mix exclusivo para edição 174 do Alaplay Podcast. A música conecta as pessoas!

1 – Olá, amigos! Muito obrigado por falar conosco. Vamos começar falando a respeito da origem dessa parceria. Como vocês se conheceram e quando decidiram formar o Format:B?

Nós nos conhecemos na faculdade em 2004

2 – Todos sabem que as evoluções tecnológicas que ocorreram nas últimas décadas exerceram importante impacto na música eletrônica. Como era produzir um som para as pistas a 10 anos atrás? Podemos dizer que era mais difícil e mais prazeroso?

Se pensarmos em 2005… tecnologicamente a maioria das coisas que usamos hoje já tinham sido inventadas. Mas nos anos anteriores todas as ideias fundamentais foram desenvolvidas para a produção. Naquele tempo, necessitava mais experiência para executar tudo em um computador. Por causa da limitação dessas máquinas eu me lembro que usávamos 2 computadores ao mesmo tempo para executar todos os synths em conjunto e tempo real. Como engenheiro era mais difícil e não mais agradável. Como músico era um momento interessante, pois sempre havia coisas novas a descobrir.

3 – Em 2008 vocês tiveram uma importante etapa na carreira da dupla. Foi o lançamento do álbum Steam Circuit. Como funcionou o processo de produção para esse trabalho e quais eram as grandes influências utilizadas?

Nós apenas produzimos um par de faixas sem pensar muito sobre isso, por isso o álbum tem uma grande variedade de influências e estilos. Atualmente temos uma perspectiva de produção muito mais profissional. Cada faixa soa como uma mistura sábia. Também há um pouco de atitude punk rock se você gosta.

4 – Berlim atualmente vive um momento importante se analisarmos tudo que gira na esfera cultural da cidade. Clubs que são referências no mundo todo, alugueis baratos se comparados a de outras capitais europeias, uma gama gigantesca de artistas. Como a capital alemã e tudo que gira em torno dela exerce influência sobre o projeto de vocês?

Tudo o que envolve Berlim teve uma grande influência quando começamos o projeto mais ou menos em 2004. Nós dois íamos juntos para as festas e por isso conhecemos muitas pessoas. Eu sempre voltava para a casa com pelo menos uma ideia nova na cabeça com base em qualquer coisa que eu tinha ouvido durante a noite. Então o espírito de Berlim foi verdadeiramente uma grande influência.

5 – Vamos falar um pouco a respeito da Formatik Records. Foi uma necessidade ou um sonho realizado ter a própria label?

Eu acho que foi apenas o passo para a independência máxima, para lançarmos o que quisermos, quando quisermos. Isso você nunca vai ter quando lança com outros selos.

6 – Vocês tem uma relação muito interessante com o Brasil. Qual foi a primeira vez que vocês tiveram aqui e o que mais conquista vocês em nosso país?

Nós estávamos no Brasil pela primeira vez em 2007, desde aquela época nós sempre queremos voltar. O país tem uma enorme cena eletrônica. Toda vez estamos querendo saber coisas novas, como por exemplo a respeito dos incríveis festivais que existem por aí.

7 – Essa é uma pergunta que eu costumo fazer para todos os entrevistados de fora do Brasil. Há algum produtor brasileiro que tem chamado a atenção de vocês nos últimos anos?

Na verdade eu tenho que nomear dois caras. O primeiro claro que é Wehbba, que já nos remixou. O outro é Victor Ruz, seu estilo é certamente mais “hard” do que o nosso mas eu gosto da atitude “in-your-face” de suas tracks.

8 – Para encerrar, uma pergunta simples. O que a música eletrônica representa na vida de vocês?

Pergunta simples? hahahaha bem ela tem sido o centro da minha vida por 15 anos. Tudo começou com uma busca apaixonada por músicas de um adolescente e ainda hoje é o que eu faço 6 dias por semana. Não há outra coisa que eu gostaria de fazer mais do que isso. Talvez seja o trabalho mais agradável do mundo.

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