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Residência no Panorama Bar, cultura musical de Berlim e impressões sobre o Brasil: falamos com Dave DK

Por Alan Medeiros em Entrevistas 26.07.2017

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Após apresentar o live de Lake People em sua primeira edição, a label party paulistana Eko agora convida o residente do Panorama Bar, Dave DK, para escrever um novo capítulo na história da festa, que tem como base de trabalho a busca por uma atmosfera intimista, única e longe dos rótulos.

David Krasemann ou simplesmente Dave DK é um DJ ativo há mais de duas décadas. Em seu currículo encontram-se residências importantes em clubs como Tresor e Panorama Bar. Seu som pode ser definido como uma mistura de impressões artísticas colhidas ao longo dos anos em que passou produzindo e discotecando em suas residências e por todo o globo.

https://www.youtube.com/watch?v=KKz1NRNVs9A

Dave é parte da respeitada Pampa Records desde 2014 e também possui lançamentos por selos como Kompakt, Moodmusic e Muller Records. Por onde passou, David deixou uma assinatura imponente através de suas produções, caracterizadas por kicks dançantes e uma atmosfera envolvente. Em São Paulo, Dave estará ao lado dos residentes da Eko, Johnny Da Cruz e Exequiel, e do convidado especial Renato Cohen. Saiba mais aqui. Às vésperas do evento, falamos com Dave sobre alguns assuntos bem relevantes dentro de sua caminhada na música até aqui. Confira abaixo:

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Residência no Berghain/Panorama Bar | Dois anos depois de ter sido residente do Globus/Tresor Club em Berlim, de 1998 a 2000, entrei em contato com Ostgut Club (hoje Berghain) através do meu antigo label Raummusik de Frankfurt/Main. No inicio, havia apenas um grande andar onde toquei. Em algum momento, eles começaram a construir o andar do Panorama Bar e tive a sorte de fazer parte dele desde o início. Quando o andar estava pronto, o foco estava mais na house music. Tocava lá regularmente uma ou duas vezes no mês. Geralmente, eu abria a noite até às 4h, depois tínhamos DJs convidados, depois eu também tocava no final, que antigamente era aproximadamente ao meio dia (ainda bastante tarde comparado a outras cidades). Tive momentos fantásticos no local, pois consegui experimentar muito, era meu playground. O novo Panorama Bar é projetado exatamente como o antigo, só que muito maior: o espirito da ideia segue vivo!

Cultura musical em Berlim | Comecei a sair em Berlim em meados dos anos 90. Esse foi um momento muito interessante, já que tinham edifícios abandonados onde as pessoas entravam e abriam clubes e bares. A música eletrônica ainda era underground e em ascensão, não havia turistas de festas como os conhecemos hoje. Ao longo dos anos, tudo se tornou muito mais profissional, mas você ainda pode descobrir locais interessantes, pois a cena tem algo reservado para todos. Há muitas multidões diferentes para diferentes estilos e locais em Berlim – isso é o que mantém a cena interessante ao longo dos anos. Quando você vai fazer compras ou tomar um café, você provavelmente ouvirá música eletrônica.

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Impressões sobre o Brasil | Estive no Brasil duas vezes. Na primeira vez toquei no Rio, na segunda vez estava em tour com Chopstick da Suol, nós estivemos em São Paulo, Ilha Bela e Blumenau. Gostei de todos os lugares e achei que as pessoas estavam bem ligadas ao som. Não é de se admirar que o Brasil tenha alguns talentos verdadeiros para oferecer. Estou muito feliz por estar de volta!

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