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A música conecta

Alataj entrevista DBeat b2b Deon

Dois grandes expoentes da cena eletrônica do Rio Grande do Sul anunciaram recentemente um novo projeto b2b que deve ganhar algumas das principais pistas do Sul do Brasil. Estamos falando de DBeat e Marcos Deon, importantes personagens na evolução do cenário underground do estado gaúcho que agora somam forças para entregar ao público uma nova experiência musical, somando mais de 20 anos de carreira.

*A primeira apresentação neste formato será no dia 14 de dezembro, na Beehive — anote na agenda!

Ambos já possuem uma experiência de pista de muitos anos e se destacam pela pesquisa musical apurada, dá pra imaginar o que pode vir pela frente quando eles somarem seus talentos na cabine?! Apesar deste novo projeto, DBeat e Deon ainda continuarão se apresentando também de forma solo, então, para entender melhor como surgiu essa ideia e quais são os planos deste b2b, trocamos algumas figurinhas com os dois numa entrevista exclusiva:

Alataj: DBeat e Deon! Tudo bem? Conta pra gente como vocês se conheceram inicialmente? Há quanto tempo são amigos?

DBeat e Marcos Deon: Olá, Alataj! Acho que nos conhecemos pelo Tinder… brincadeira! [risos] Nos conhecemos lá por 2007, 2008 em uma festa, porém viramos amigos mesmo só em 2014 depois de termos tocado em algumas gigs juntos no norte do Rio Grande do Sul. Isso acabou com que essa relação profissional acabasse se tornando uma amizade sólida e verdadeira.

Sabemos que os dois são fãs de carteirinha de House Music, mas além disso, o que levou vocês a idealizarem este projeto? A ideia partiu de quem? 

Começamos a tocar em algumas festas juntos em formato b2b, mas de uma forma bem natural, despretensiosa, mas percebemos que o feedback dos contratantes e, principalmente do público, era super positivo. Num belo dia jogando conversa fora, após vários requests do b2b na mesma semana, acabamos tocando no assunto e resolvemos então dar esse passo nas nossas carreiras e oficializar o projeto, já que tínhamos muito em comum e o apoio do público.

+++ Marcos Deon falou com a gente sobre seu programa de rádio, House Culture, que completou 1 ano recentemente

Foto Por Juliano Conci

E o que poderemos ver no DJ set de vocês diferente do que vemos quando se apresentam de forma solo? Será vinil, mídia digital ou um híbrido?

Para muitos esse nosso projeto paralelo não será nenhuma novidade, já que tocávamos juntos em formato b2b algumas vezes no ano, porém, estamos planejando várias ações e conteúdos para poder mostrar o porque desse projeto, não apenas para quem já nos segue e curte nosso trabalho, mas também para quem vai nos ver e ouvir pela primeira vez.

Musicalmente, vamos focar na House Music e suas vertentes, que é o que sempre gostamos de tocar, o foco principal mesmo será entregar um som que faça as pessoas felizes — esse é o grande objetivo do nosso projeto. Sobre as apresentações, estamos pensando em fazer um set híbrido, pois queremos mesclar o que tocamos em formato digital com algumas coisas em vinil, justamente para termos mais um diferencial nas gigs, já que muita coisa acaba saindo exclusivamente em vinil, sejam novidades ou clássicos.

A primeira gig será em dezembro, certo? Quais detalhes já podem ser revelados para o público?

Isso, vamos estrear o projeto em Passo Fundo, na Beehive, club que sempre nos acolheu e é uma das grandes referências dentro da cena eletrônica, além de estar situado na região onde ambos temos uma grande base de seguidores. Nesse dia faremos o warm up para o duo LK (Leo Janeiro + Kaká Franco) e Renato Ratier. Anotem aí, 14 de Dezembro é a data!

Quais os maiores desafios em tocar no formato b2b?

Para nós não existe nenhum desafio, muito pelo contrário, sempre que tocamos juntos é visível o quanto estamos felizes dividindo aquele momento. Como temos gostos e influências musicais parecidas, fica tudo mais fácil na hora de tocar, tudo flui de forma muito natural. Além disso, nosso comportamento e percepção sobre o papel do DJ também sempre foi muito alinhado, então vai ser super divertido podermos dividir a cabine mais vezes no ano. Ah, e os cafés da manhã nos hotéis também [risos].

Foto Por Juliano Conci

Se fossemos unir as maiores referências da House Music de vocês, quais nomes poderíamos ter?

Ao longo dos anos tivemos várias influências que nos ajudaram a moldar nosso estilo, não só de hoje, mas ao longo de toda a nossa trajetória dentro da música. Das antigas, gostamos muito de Armand Van Helden, Little Louie Vega (Masters at Work), Dennis Ferrer, Kerri Chandler, Roger Sanchez, Erick Morillo, Deep Dish, entre outros. 

+++ Leia nosso conteúdo especial sobre Roger Sanchez na coluna Special Series!

Labels como Defected, Ministry of Sound, Subliminal e Strictly Rhythm também sempre andam com a gente. Vindo para o que é mais recente, temos como influência, principalmente nessa pegada mais Disco artistas como Gerd Janson, DJ Tennis e labels como Running Back e AUS Music. 

Para finalizar, na visão de vocês, qual o segredo para que esse b2b sintonize de forma perfeita? Obrigado pela conversa!

Achamos que o grande segredo é divertir e se divertir. Vemos muitos artistas tocando para si ou então tocando qualquer coisa aleatoriamente pensando somente na pista, fazendo algo automático e sem sentimento nenhum. O principal diferencial e objetivo do nosso projeto é justamente o contrário disso tudo. Queremos divertir a pista nos divertindo, tocando músicas que a gente gosta realmente de tocar e que vão fazer com que as pessoas sintam o mesmo que estamos sentindo naquele momento. Temos certeza que será incrível, nos vemos na pista!

A música conecta.

+++ Há um ano entrevistávamos DBeat, você vai curtir também este bate-papo!

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