Skip to content
A música conecta

Dennis Cruz é um dos nomes mais quentes do Beatport na atualidade. Falamos com ele!

Por Alan Medeiros em Entrevistas 29.05.2017

Se você entra com certa frequência no Beatport para pesquisar novos artistas e lançamentos, certamente já ouviu falar no nome de Dennis Cruz. O produtor espanhol é um dos atuais expoentes da escola espanhola de tech house, que já revelou ao mundo nomes como Cuartero, Hector Couto, Coyu, Miguel Bastida, Wade e Paco Osuna. Dentro da plataforma, Cruz tem sido um dos principais nomes de sucesso recentemente.

https://www.youtube.com/watch?v=Enz2xUnkgyE

No meio de tantos nomes tão importantes para o cenário nacional e continental, Dennis conseguiu se destacar graças a suas produções muito bem aceitas pelos principais artistas do gênero. Uma série arrebatadora de suportes veio acompanhada de releases por selos do calibre de Suara, Snatch! Records, Suruba X, Emerald City Music e Material. Além disso, seus conhecimentos adquiridos através dos inúmeros trabalhos como engenheiro de áudio para bandas de rock e produtores de hip hop contribuem para uma identidade fresca e atual.

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, arranha-céu, céu, atividades ao ar livre e água

Dennis Cruz também conseguiu conquistar alguns prêmios e colocações importantes ao passar dos últimos meses – incluindo RA e Beatport. Seu último lançamento, Mad, ocupa a segunda posição na sessão tech house do Beatport e ao que tudo indica, ele não deve parar por aí. Aproveitamos o bom momento do DJ e produtor para um rápido bate-papo com ele. Confira o resultado:

1 – Olá, Dennis! Prazer em falar com você. New Life foi uma das faixas que deram maior projeção a sua carreira, certo? Como foi o processo criativo dela?

Olá! Sim, New Life foi a minha primeira top1 em todos os gêneros do Beatport. Não lembro como fiz ela agora, mas eu lembro que fiz essa faixa com apenas um alto falante, porque o outro foi quebrado três semanas antes e eu estava esperando para arrumá-lo, encontrei Raziel, um dos meus amigos no estúdio, nós bebemos algumas cervejas e boa parte da faixa foi terminada nessa noite. Às vezes a inspiração vem, e às vezes você gasta horas e não faz nada bom.

2 – Você faz parte de uma geração de artistas espanhóis muito fortes no tech house. Como você enxerga essa cena no país? Quem são seus grandes ídolos dentro da música eletrônica espanhola?

A Espanha tem muitos grandes artistas, DJs e produtores muito bons. Meu ídolo sempre foi Oscar Mulero, quando eu tinha 18 anos eu ia em todas as suas festas.

3 – Snatch!, Suara, Suruba X, Material. Na sua opinião, qual a importância de cada um desses selos na construção de sua identidade enquanto produtor?

Todos os labels me ajudaram a crescer, amo todos esses e também muitos outros com os quais eu trabalho.

4 – A música brasileira está cada vez mais comentada no mundo, especialmente através de faixas antigas recriadas pelas mãos de brilhantes produtores da house music. O que você sabe a respeito da cultura musical do nosso país? Recentemente, algum artista mais antigo ou até mesmo novo chamou sua atenção?

O Brasil tem bons artistas que estão fazendo músicas ótimas. Vocês tem festas incríveis, eu amo tocar no Brasil. Acho que por aí há uma enorme cultura musical com festas incríveis.

A imagem pode conter: 1 pessoa, no palco e texto

5 – Claramente seu som é voltado para o dance floor. Na sua visão, a principal função do DJ na noite é fazer a pista dançar?

Com certeza as pessoas vão ao clube dançar, então nós devemos fazê-los dançar. É por isso que foco em fazer meu som para funcionar bem no clube.

6 – Certamente você é um cara apaixonado pelo estúdio, certo? Com quais equipamentos você está produzindo atualmente? É uma realidade muito diferente de quando você começou a produzir?

Sim, quando comecei eu usava apenas um Roland MC909, sem computador. Agora produzo com Ableton, Maschine, Komplete e muitos plugins. Para mixar e masterizar uso ProTools e algum hardware analógico como Pendulum, SPL, TC Electronics ou Manley.

7 – Eu lembro que há algum tempo você gravou um podcast para o nosso site e na época você era um artista da Cumac Bookings. Fala sobre o trabalho com sua antiga agência e a importância de uma mudança de ares para o next level da sua carreira.

Bom, eu fiquei por um tempo muito curto na Cumac, então não posso dizer nada sobre eles. Mas como você disse, é importante fazer uma mudança para o próximo nível, por isso eu e meu manager decidimos mudar e isso valeu a pena para nós.

8 – Como foram suas descobertas artísticas até chegar na sua identidade atual? Outros estilos dentro da música eletrônica já chamaram sua atenção?

Eu trabalhei com muitos gêneros, do hip hop até o rock para aí chegar música eletrônica. No passado, trabalhei como engenheiro de som para muitos artistas, também fiz muitos beats de hip hop. Acho que isso me ajuda a fazer música, tenho grande influência de outros estilos.

9 – Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música representa em sua vida?

Música é a minha vida.

A MÚSICA CONECTA 2012 2024