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A música conecta

A dance music é mais divertida com os meninos do dOP. Falamos com eles!

Por Alan Medeiros em Entrevistas 27.01.2017

Acreditamos que a música eletrônica toma um caminho sério demais em algumas situações. Nessas horas, precisamos de uns caras como os malucões do dOP, donos de um dos lives mais divertidos da dance music contemporânea, para tornar as coisas mais divertidas e leves. Não espere marmanjos sérios vestidos de preto durante os shows da tour. Damien Vandesande e Jonathan Illel são conhecidos pela irreverência no palco e claro, pela forte identidade sonora que os levou para os quatro cantos do globo.

Damien e Jaw tratam o projeto como uma banda. Ou seja, cada um possui suas atividades muito bem definidas na performance e no processo criativo. Eles se conhecem há mais de 20 anos, algo que possibilita maior entrosamento e sintonia no trabalho. Outro ponto que tem somado muito na trajetória do dOP são as diversas experimentações que seus integrantes já tiveram envolvidos fora da dance music. Juntos, eles já trabalharam com hip hop, jazz e reggae – se você parar para ouvir com calma, sentirá os traços desses movimentos em diversas tracks do projeto.

https://www.youtube.com/watch?v=3MqKBDsVFgo

A paixão por instrumentos orgânicos é uma característica marcante na caminhada do antigo trio e agora duo. Percussões, saxofones, flautas e outros diversos meios de reproduzir som, são sempre bem vindos nas canções. As letras de Jaw também chamam a atenção, principalmente pelo conteúdo humano e emocional que quase sempre se fazem presentes. Tivemos a sorte de receber um “sim” diante de um pedido de entrevista e abaixo você confere o resutado desse bate-papo que tivemos com eles. A música conecta as pessoas!

1 – Olá, meninos! Muito obrigado por nos atender. O dOP é um projeto conhecido por sua forte identidade musical. Quais foram os outros estilos musicais que influenciaram vocês na construção dessa identidade? 

Damien: Tudo de bom que atravessa meus ouvidos. Tudo que conta uma história e traz emoção… de 2 bilhões de anos atrás, até amanhã.

Jaw
: Hip hop é algo que me acompanha todos os dias. Mas eu amo todo tipo de música, até mesmo country e David Guetta

2 – O Brasil é um país que adora vocês e nós sentimos uma conexão muito grande com a música do dOP também. Vocês poderiam dizer o que só as pistas brasileiras possuem? 

Damien: Os brasileiros adoram festar e comemorar. O Brasil é um país com identidade musical muito forte e o público sempre está animado para ouvir coisas novas.
Jaw: O Brasil nunca decepciona. É sempre selvagem!

3 – A culinária brasileira tem sido um capítulo marcante nas tours do dOP por aqui? Vocês já experimentaram uma boa caipirinha?

Damien: Sim, com certeza! Mas, esse ano eu descobri a sakerinha. Estou tranquilo em viver para sempre com ela, é perfeita como o primeiro drink!
Jaw: Claro! Nós amamos experimentar tudo.

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4 – Na bio de vocês há uma citação interessante para Nicolas Sfintescu, do Nôze, que também é um projeto com identidade muito forte. Como exatamente Nicolas ajudou vocês?

Damien: Nico nos ajudou em todos os sentidos. Ele foi o primeiro que acreditou em nosso potencial na música eletrônica. Sempre vou ser grato a ele pois é um personagem chave em nossa história
Jaw: Nico abriu a porta para as janelas mais loucas. Agora estamos presos no paraíso!

5 – Há uma grande número de instrumentos orgânicos presentes na música do dOP, como saxofones, percussões, flautas e outros também. Isso certamente deixa o resultado mais orgânico e verdadeiro. Como funciona o processo criativo para inserção desses instrumentos?

Damien: Estes instrumentos são partes da nossa música. Eu os toco e eles sempre voltam para nossas faixas, qualquer que seja o estilo ou período.

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6 – As letras do dOP possuem um caráter muito humano, ao contrário de outros grandes projetos da história da dance music. Ao que se deve essa escolha? 

Jaw: Quando eu escrevo, meu objetivo principal é fazer que o público realmente nos sinta ou diga para si mesmo, “Que diabos esse cara está cantando? Eu preciso ouvir isso novamente!”

7 – Bom meninos, vamos falar de festa. Todo mundo sabe que vocês são chegadas em uma e adoram um after também. Como tem sido passar esses anos em tour se divertindo pelo mundo? Qual o melhor lugar do mundo para uma grande festa sem hora pra acabar? 

Damien: Sim, nós amamos uma festa, mas também estamos focados em escrever um novo álbum para a banda. Então, estamos realmente concentrados tanto no show, quanto no trabalho de estúdio. Levar a dance music a sério é um erro, as pessoas vão aos clubs para dançar, flertar ou se perder… no entanto, fazemos nosso trabalho de uma maneira séria, nunca devemos esquecer nosso propósito. Adoro estar no Brasil e na Europa Oriental, são meus 2 lugares preferidos. Sem esquecer de Berlim, claro.

8 – O ano de 2016 ficou marcado por alguns acontecimentos tristes envolvendo eventos de música eletrônica e o uso de drogas. Na visão de vocês, a política adotada para falar sobre o assunto soa ultrapassada? Não está na hora de investirmos de fato na redução de danos? 

Damien: Sim, devemos educar as pessoas sobre as drogas. Todos os países tem uma política diferente, mas como de costume, é tudo sobre educação.
Jaw: As pessoas precisam saber algo muito importante sobre as drogas: não as tome se você não estiver de bem com a vida. Você vai ficar ainda mais triste

9 – A lista de colaborações do dOP é grande e inclui nomes como Guy Gerber, Koze e Masomenos. Como tem sido colaborar com nomes tão bacanas?

Damien: Um sonho que ainda está acontecendo. Temos várias chances em nosso futuro caminho
Jaw: A collab é uma coisa muito linda.

10 – Qual a importância que a Circus Company tem no trabalho desenvolvido por vocês?

Damien: É a nossa base. Temos uma relação muito confiável com Mathias, que cuida do nosso management e bookings.
Jaw: Todo mundo precisa de um lar seguro. Nós vivemos em um circo.

11 – Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música representa na vida de vocês?

Damien: É minha religião e com ela eu sou um crente muito forte.
Jaw: A música me deixa feliz e orgulhoso. Nada é comparável ao sentimento do palco quando temos uma festa boa ou quando terminamos uma track killer.

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