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A música conecta

Alataj entrevista Fango

Por Alan Medeiros em Entrevistas 15.03.2019

Na contramão do muito que se fala a respeito da repetição de padrões na cena eletrônica, está o DJ e produtor italiano Fango. Dono de alguns dos maiores hits obscuros lançados como Techno nos últimos anos, este excêntrico artista retorna ao Brasil neste fim de semana em tour assinada pela Smartbiz. Seu reencontro com o público brasileiro acontece na pista do Caos, em Campinas, club que figura entre os grandes destaques da atual cena nacional.

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Fango é um artista diferente, daqueles que não precisam se explicar muito para ser compreendido. Basta alguns segundos de audição de faixas como Sikhot, Vena Cava ou ainda da clássica Rectum, para sacarmos que estamos falando de um produtor que cria a sua própria linha. Paralelamente a isso, ele mantém uma ótima entrega como remixer, tendo em seu currículo releituras para nomes como DJ Hell, Red Axes e Krystal Klear.

Outro importante destaque de sua carreira tem sido o trabalho junto ao label Degustibus, dono de um catálogo que em sua absoluta maioria é formado por seus próprios releases, mas que também conta com faixas de nomes menos conhecidos como Batongo e Rubini, além de medalhões como Rebolledo e Mano Le Tough. Aproveitamos seu retorno ao Brasil e o convidamos para uma entrevista exclusiva, que segue abaixo:

Alataj: Olá, Fango! Tudo bem? Obrigado por falar conosco. Você é um dos artistas que tem ajudado a reinventar a Dance Music nos últimos anos. Dito isso, é possível dizer que ser inovador é uma de suas prioridades no estúdio?

Fango: Olá, tudo muito bem! Wow, obrigado pelas suas palavras. Estou tentando me encontrar, moldar um som que eu realmente goste e reflita quem eu sou.

Você é um produtor que possui no currículo uma série de remixes importantes para nomes como Red Axes, Rebolledo e DJ Hell. Como exatamente você se sente na posição de criar uma releitura para a obra de um outro artista?

Quando encontro algo com gosto de “Fango” em uma faixa, há uma conexão imediata. Pego o que eu preciso da original para construir algo no mundo Fango. É divertido.

Maceo Plex, Dixon, Seth Troxler, Laurent Garnier, Mano Le Tough e Ben UFO estão entre os nomes que já apoiaram sua música. Quão importante tem sido o suporte de grandes artistas para seu desenvolvimento musical?

Sou grato por todos os DJs que apoiam a minha música, eles me dão a força e coragem para ousar ainda mais nas produções.

Você já esteve tocando no Brasil anteriormente e agora volta para uma gig no Caos, em Campinas. Com qual expectativa você chega para esse retorno ao país?

A primeira vez na Mamba Negra foi incrível. As pessoas eram adoráveis e a pista fantástica. Eu estava realmente conectado com o público. Espero encontrar essa conexão novamente.

https://www.facebook.com/sskntechno/videos/1933750403513561/

Percebo que a Itália possui uma forte tradição em revelar produtores para a cena Techno. Esse cenário artístico do país contribuiu para o seu desenvolvimento em alguma etapa?

Um dos meus melhores amigos e dono da Degustibus é um produtor italiano famoso. Ele me ajudou muito a encontrar as perguntas (não as respostas).

Permanent Vacation, Degustibus e Life and Death estão entre as gravadoras que já apoiaram sua música anteriormente. O que você considera essencial para que a relação entre artista e label renda bons frutos?

Liberdade e comunicação construtiva rápida.

A alegria de viver e tocar de Derrick May. Leia nossa entrevista exclusiva com ele!

Muito se fala sobre escolas diferentes dentro do Techno. Detroit, Berlim, Paris, Amsterdam… cada uma dessas cidades revelou ao mundo uma forma diferente de enxergar o Techno. Enquanto artista, você se sente mais atraído por uma ou outra dessas interpretações?

Sinceramente, não.

Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música representa em sua vida?

Para mim, música é uma linguagem, a minha linguagem preferida.

A música conecta.

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