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A música conecta

Alataj entrevista Haustuff

Por Alan Medeiros em Entrevistas 15.03.2019

Como parte do time da Radiola desde o início, Guilherme Assenheimer aka Haustuff não apenas acompanhou o desenvolvimento deste que hoje é um dos principais labels de house da América Latina, como também ajudou a impulsionar o cenário macro em que a marca está envolvida. Com um perfil fortemente ativo no estúdio e nas pistas, Haustuff reúne características de um artista completo e sempre que está frente ao público coloca tal afirmação a prova com muita precisão.

Conheça mais sobre a Radiola pelas palavras do headlabel Ricardo Albuquerque.

Seu perfil sonoro é fruto de uma série de referências e timbres dos anos 90. Paralelamente a isso, movimentos musicais ligados ao house, hip hop e techno também exerceram uma forte influência junto a sua jornada na música. Além de lançamentos pela própria Radiola, Guilherme também já trabalhou com selos como TechGrooves Records e Aborigeno Music. Às vésperas da edição de 2019 da Ilha de Lost, evento produzido pela Radiola, convidamos Haustuff para um bate-papo inédito e exclusivo aqui no Alataj:

Alataj: Olá, Haustuff! Tudo bem? Obrigado por falar conosco. Como fundador da Radiola Records, como você avalia as transformações do selo frente ao seu público do surgimento até aqui?

Haustuff: Olá, Alataj! Durante esses sete anos vejo uma grande transformação no nosso público. A cada ano ele vem se reciclando e só quem realmente gosta acaba se tornando essa porcentagem fiel que nos acompanha.

Sabemos do seu perfil artístico muito ligado ao estúdio. É possível dizer que estar produzindo é como conduzir uma grande pista para você? Qual desses dois ambientes te tira mais da zona de conforto?

Com certeza o estúdio é o lugar que me sinto mais confortável e conectado a mim mesmo – digamos que seria minha pista particular com o melhor soundsystem possível.

Muito além de uma gravadora, percebo que a Radiola Records é uma comunidade. Como foi possível construir essa relação tão próxima e intensa com o público que acompanha as iniciativas e eventos da marca?

Acredito que com a nossa Recbase [casa] nós conseguimos criar esse lado amistoso com o público. A gente recebe muitas visitas diariamente, seja para dar um alô a algum artista ou para um churrasquinho.

Ano passado o evento da Ilha de Lost foi um dos mais comentados e elogiados pelo público. Na sua visão, quais foram os destaques dessa experiência?

A Ilha do Mel é mágica, sem dúvidas contagia todas as pessoas. Aliado a boa estrutura, sistema de som e produção de primeira… não tem erro.

Dentre as faixas do catálogo da Radiola, quais você destacaria como suas preferidas até aqui?

Eu gosto muito de uma faixa que fiz com Brzln Air chamada Walla Crowd, possui uma linha de baixo com groove único e hipnótico.

Cada DJ possui um perfil artístico diferente. Alguns se destacam por uma pesquisa contemporânea, outros pelos clássicos. Há também aqueles que discotecam 100% em vinil ou ainda os que buscam misturar diversos movimentos musicais em seus sets. Como tem sido sua busca em relação a construção desse perfil sonoro que é tão importante a longo prazo?

Tenho forte influência dos anos 90 na minha carreira, essa época foi a que melhor enquadrou a harmonia dentro da música eletrônica, minha busca sempre foi nessa direção. Escuto diariamente todos os tipos de arquivos daquele tempo (CDs, fitas cassetes, vinis e MiniDiscs), isso reflete nas músicas em que produzo, pois utilizo muitos instrumentos dos anos 90, meu preferido é a MPC.

Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música representa em sua vida?

A música é a minha vida.

A música conecta.

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