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A música conecta

O hoss club comemora seu primeiro aniversário com sensação de dever cumprido

Por Alan Medeiros em Entrevistas 02.03.2017

Se a temporada 2016 foi assustadora para alguns clubs e para o mercado da música eletrônica em geral, o mesmo não é possível dizer do ano de estreia do hoss club. Localizado em Passo Fundo, a casa surpreendeu a todos com uma primeira temporada empolgante, que apresentou nomes como Ale Reis, Gorge, Simone Liberalli, Doriva Rozek, Rods Novaes, tarter e Cesare vs Disorder.

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O começo de ano também é bastante animador: Doriva foi anunciado como residente do club e Kaká Franco protagonizou uma noite surpreendente com a house music conquistando cada vez mais espaço na região. Para próxima festa, está confirmado o gaúcho Apoena, conhecido por seus releases e sets 100% vinil. Outra data já confirmada é o aniversário de 1 ano do club, que será realizado com uma atração internacional no dia 25 de Março. Mais informações em breve

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Afim de entender um pouco mais os pilares que forma a curta, porém promissora história do hosso club, convidamos a crew para um bate-papo exclusivo. Confira abaixo:

1 – Olá, Felipe! Tudo bem? O hoss está próximo de completar um ano, não é mesmo? Qual o balanço que vocês fazem do trabalho até aqui?

Foi um ano de muito trabalho, enfrentamos dificuldades todos os dias. Aqui na região temos muitos clubs e festas, trabalhar com o calendário não é fácil, mas mesmo assim, foi um ano muito produtivo e conseguimos trazer quase todos os artistas que almejávamos.

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2 – A gente sabe que manter um club de música eletrônica underground funcionando no interior do Brasil é uma tarefa para poucos. O que mais motiva a equipe do club a investir nesse projeto? Quais são as principais dificuldades que vocês tem enfrentado pra manter o club funcionando?

Temos vários objetivos e alguns deles se concretizaram, como trazer para o club, em nosso primeiro ano de existência, artistas como Gorge (8bit- Records), André Butano (Cadenza) e Cesare vs Disorder (Serialism), entre outros. O que nos motiva é o feedback do público, das pessoas ao nosso redor, é o reconhecimento que estamos tendo por sair do comum, e trazer a cena underground a tona. Dificuldades sempre vão existir, tais como com o calendário, logísticas e também por ser um club com capacidade não muito grande, as vezes precisamos cortar gastos e não conseguimos trazer um ou outro artista que estava presente em nossa lista.

3 – Percebemos que essa primeira temporada foi marcada por artistas que possuem um afinidade com o tech house. O que podemos esperar do segundo ano do hoss em termos de direcionamento artístico?

O tech house sempre foi muito bem aceito por aqui, nossos residentes influenciaram muito nosso público. Passamos também por outros estilos, indo do minimal ao house. É o que apostaremos para esse segundo ano.

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4 – Uma das principais dificuldades dos clubs brasileiros é manter um número interessante no que diz respeito ao equilíbrio de entradas vips. Como funciona essa relação com o público de Passo Fundo? Há um interesse das pessoas na busca por ingressos antecipados ou as coisas costumam ficar para a última hora?

Temos uma preocupação muito grande com isso, pois um club que não vende ingresso, não valoriza seus artistas, principalmente quando se trata de um club pequeno. Dependemos dessa renda para conseguir trazer artistas de grande expressão. Para isso, estamos investindo na reeducação do público, que por aqui é acostumado ao acesso por meio de entradas vips. Através de uma boa equipe de promoters, estamos conseguindo mudar essa política, que a cada festa tem uma aceitação maior. Em contraprestação, estamos investindo, cada vez mais, em line ups de qualidade.

5 – A cena gaúcha possui uma representatividade especial para o mercado nacional. Como vocês avaliam o momento do mercado no estado?

O mercado gaúcho vem crescendo consideravelmente, muito pelo trabalho de novos e velhos clubs, tanto como novos selos e DJs que vem se destacando, como a Levels (POA), Base (POA), SKY/B-club (Carazinho), Crema (Pelotas), Hoss Club, entre outros..

6 – O que vocês podem adiantar sobre a festa de 1 ano do club? Quem vem por aí?

Muitos não acreditavam que chegaríamos até aqui e para nós tem um gostinho muito especial. Assim, fazendo uma retrospectiva desse nosso primeiro ano, chegamos aos nomes do Alemão Gorge e do mestre Káká Franco, além dos nossos residentes Felipe Kunz e Wagner Scorsatto.

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7 – Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música representa na vida de vocês?

A música é sem dúvida um estilo de vida! Algo sem a qual não viveríamos. Obrigado.

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