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A música conecta

Alataj entrevista James Camargo

Foto por: Juliano Conci
Por Alan Medeiros em Entrevistas 25.04.2019

Foto por: Juliano Conci

Versatilidade é um termo que passou a ser usado de forma um pouco banal no meio da música eletrônica. Tal qualidade, deveria ser atribuída a aqueles artistas capazes de flutuar entre diferentes movimentos musicais com um padrão qualidade elevado, como no caso de James Camargo, DJ gaúcho que acaba de ser anunciado como residente da Levels.

James é um nome respeitado no cenário eletrônico do Rio Grande do Sul desde 2003 contribui com diversas iniciativas para a evolução da indústria criativa ligada a dance music no estado. Além da discotecagem, ele também encontra tempo para outros dois projetos: modular.mdlr, uma marca focada na iluminação customizada de eventos e a DOT, festa de proposta intimista que já teve duas edições.

Agora, como residente da Levels, James assume um novo patamar em sua carreira e se mostra preparado para encarar os desafios subsequentes desta residência. Sua estreia no posto acontece esse fim de semana, no after oficial da Levels WE’RE BACK. Aproveitamos nossa vinda para Porto Alegre e batemos um papo com este talentoso artista. Confira abaixo:

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Olá, James! Tudo bem? Muito obrigado por falar conosco. Você acaba de ser anunciado como residente da Levels. Qual é o sentimento após essa conquista?

James Camargo: Olá, Alataj! Tudo certo! Agradeço o convite de poder falar sobre esse momento tão muito bacana. Estou muito feliz! Sem dúvidas fazer parte do time de residentes da Levels traz um sentimento muito bom. Depois de alguns anos acompanhando a festa de perto e tendo a oportunidade de trabalhar diretamente com o time, acredito que o convite não poderia ter chego em um momento melhor.

Foto por: Juliano Conci

Além da discotecagem, você possui um relacionamento bem intenso com a cena eletrônica do Rio Grande do Sul devido as suas outras frentes de trabalho. Como é pra você separar tempo e esforço para cada uma delas?

Tem sido muito bom estar ligado a outros trabalhos dentro do mesmo mercado, porém requer bastante organização manter tudo andando sem um atrapalhar o outro, artista, prestador de serviço e produtor de eventos. Tento dedicar horários quase que diários para cada um dos projetos para manter tudo fluindo.

Percebo que seu perfil enquanto DJ é bem conectado a cultura do vinil. Você possui algum método ou ritual de pesquisa dentro desse formato?

Correto, não deixo de observar músicas que estão sendo lançadas no formato digital, mas acompanho com mais frequência os lançamentos em disco, e para isso utilizo websites diversos para as pesquisas: Deejay.de, Decks.de, Juno.com e Discogs.com são alguns.

House, minimal e techno se encontram de forma categórica em seu repertório. Equilibrar cada uma desses movimentos em suas apresentações é uma preocupação ou gêneros simplesmente não importam de uma forma geral?

Busco encontrar sonoridades dentro destes 3 estilos que tenham um dialogo entre si quando colocadas lado a lado. Acredito que montar um repertório não deve estar preso a algum estilo e sim ao sentido que uma música dá para a outra na sua sequência, assim como qual o sentimento que esses mixes vão trazer para a pista.

Agora como parte do time de residentes da Levels, como você acredita que pode somar para o crescimento da festa?

Tenho pensado nisso ultimamente e vejo que posso agregar com a minha forma de trabalhar as sonoridades que apresento, buscando uma pista de dança ainda mais alegre e harmônica. Sempre levo comigo e compartilho a ideia de que a música conecta as pessoas, e posso dizer que a Levels e eu estamos ligados por um mesmo propósito.

Cada DJ possui um perfil artístico diferente. Alguns se destacam por uma pesquisa contemporânea, outros pelos clássicos. Há também aqueles que discotecam 100% em vinil ou ainda os que buscam misturar diversos movimentos musicais em seus sets. Como tem sido sua busca em relação a construção desse perfil sonoro que é tão importante a longo prazo?

Cada dia que passa percebo como é forte a minha relação com sonoridades com base na house music, e isso faz com que essa busca por uma identidade aconteça de forma muito natural, pois dou atenção ao que vem acontecendo sem pensar muito onde isso pode me levar. Falando em formato e técnica, busco e me realizo ao tocar com disco de vinil e digital, acho a mescla de ambos formatos ideal para o que eu quero apresentar.

Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música representa em sua vida?

Ela representa uma parte em mim que descobri já faz muitos anos, se mostrou de uma importância muito grande nos meus dias. #keepthemusicgoing

A música conecta.

+++ Leia o nosso review do BURN Residency Showcase que rolou no fim do ano passado na Levels.

+++ “Música desencadeia lindas emoções.” Nossa entrevista com Elena Colombi ficou super especial.

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