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A música conecta

Alataj entrevista Karol Conka

Por Alan Medeiros em Entrevistas 23.04.2015

A história da música eletrônica revela grandes parcerias envolvendo produtores e bons artistas que trabalham do Pop ao Rap. No Brasil, essa mistura não é muito comum, fruto de cenas muito centralizadas que dificilmente conversam entre si. Não é segredo para ninguém que falta um circuito nacional, que possibilitaria uma maior interação e revelaria novos trabalhos.

Karol Conka é uma exceção a essa regra. A garota começou cedo, ainda no colégio, e encontrou nas mãos do produtor Nave as batidas que procurava para sua música soar universal. Funcionou. Conka tem conquistado uma legião de fãs e seu som tem rompido barreiras e estilos. Prova disso é a sua participação na Tomorrowland Brasil que rola em maio. Conversamos com Karol para entender um pouquinho mais desse relacionamento dela com a música eletrônica. Mais do que nunca e como sempre, a música conecta as pessoas.

Alataj: Karol, em primeiro lugar, muito obrigado por falar conosco, estamos muito feliz por isso. Em sua bio, você fala em uma sonoridade universal, aliando batidas pesadas e timbres orgânicas. Essas características são comumente atribuídas a música eletrônica também. Como você considera a relação desse estilo com a sua carreira?

Karol Conka: Eu sempre gostei de me desafiar e comecei e estudar outros timbres. Gosto de brincar com o meu dom e ver o que sai de cada ideia que eu tenho. Acaba sendo surpreendente prazeroso pra mim.

Recentemente saiu o line up oficial da primeira edição da Tomorrowland no Brasil. Seu nome está lá e foi uma surpresa para grande parte de que acompanha a cena nacional. O que podemos esperar da Karol no maior evento de música eletrônica do mundo?

Além de tombamento puro, farei uma performance junto com Tropkillaz e convidados.

Fale um pouco mais pra gente sobre o processo de criação do seu álbum Batuk Freak.

O processo durou um ano e meio, estava tentando me encontrar ainda. Me sentia insegura e animada ao mesmo tempo. Queria passar tudo o que eu tava sentindo nas músicas e mostrar que eu tinha a solução para a mesmice. Eu me inspirava no dia a dia, nas pessoas ao redor e nas situações marcantes.

Você gravou um vídeo com o núcleo Le Mellotron de Paris, em uma proposta bem bacana dos caras. Como rolou esse convite de participar?

Meu nome já estava sendo anunciado em algumas rádios e acabei recebendo mais esse convite através da produção. Foi incrível cantar dentro de um barco.

Ainda falando sobre vídeos. Recentemente você gravou Tombei. Como é trabalhar com a vibe dos meninos do Tropkillaz?

Adoro o trabalho e a dinâmica dessa dupla, é como se eles tivessem o instrumental perfeito pra todas as ideias que eu tenho.

Para encerrar, fale um pouco de como é sua relação com os fãs gringos e como se sente ao ver sua música cruzando fronteiras.

Minha relação com os fãs gringos é a mesma com meus fãs brasileiros. A única diferença é que ainda não domino muito bem o inglês, então fico um pouco limitada na comunicação. Mas isso acaba sendo só um pequeno detalhe, pois o fato de ver todos captando a mensagem mesmo sem entender meu idioma, já me satisfaz demais.

A música conecta.

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