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A música conecta

Alataj entrevista Matthieu Faubourg

Por Alan Medeiros em Entrevistas 27.08.2018

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Matthieu Faubourg é visto como um dos novos heróis da nova geração da house music. Seu país de origem, a França, é famoso pelo french touch com nomes como Daft Punk, Vitalic, Cassius, Laurent Garnier, Lifelike, Andres Chevalle, St Germain, Superfunk e Étienne de Crécy. O jovem DJ da cidade de Lagny-sur-Marne, atualmente reside em Viena, tem se destacado no cenário internacional graças a beleza e consistência de suas produções. Ele é mais um nome francês a conquistar destaque a nível internacional.

Alguns de seus principais lançamentos incluem Please Stay, Russian Girl, Yaret, The Perfect Time, One Way Ticket e As Far As I Know, que quando somadas já ultrapassam a barreira dos dois milhões de plays nas plataformas digitas – muita coisa para um jovem produtor que está em processo de desenvolvimento a nível internacional.

Suas habilidades enquanto DJ já foram confirmadas por aqui ano passado, quando Matthieu debutou com um lindo set em nosso Alaplay Podcast. Agora, nos aprofundamos em seu perfil artístico nesse bate-papo exclusivo. Confira o resultado:

Alataj: Olá, Matthieu! Tudo bem? Obrigado por nos atender. Já há algum tempo eu tenho observado a evolução de uma nova geração de produtores franceses frente a house music. Como você enxerga esse movimento?

Estou bem, obrigado! Espero que você também esteja. Bom, você está certo, muitos produtores na França no momento. É difícil julgar essa evolução, porque eu saí do país há 6 anos e naquela época não produzia música.

Canais do YouTube como Slav, Houseum e 030esar0303 são grandes apoiadores dessa nova geração de produtores da house music. Quão importante para o seu desenvolvimento foi o suporte desses canais?

Eles realmente me ajudaram a ganhar visibilidade. Esses três canais me apoiaram bastante e muitas das minhas faixas estão disponíveis lá. Então, muito obrigado pessoal!

“Please, Stay” conquistou resultados realmente expressivos nas plataformas digitais. O que você pode nos contar a respeito do processo criativo da faixa?

É verdade, ainda é difícil de acreditar nisso – “Please, Stay” pode ter sido a faixa que levei menos tempo para produzir. Apenas veio para mim e boom! Eu estava na minha cozinha em Barcelona, perdido em meus pensamentos, depois abri o Logic e a produzi diretamente. Levei de 30 a 40 minutos.

Como funciona seu processo criativo? Em geral, você vai para o estúdio com um resultado em mente ou deixa as coisas fluírem de forma natural?

Eu aprendi que tenho que evitar me forçar, isso acaba com a essência da criatividade, pelo menos para mim. Produzi muitas faixas boas cometendo erros: com um acorde que eu não queria ou com o instrumento errado. Geralmente, eu deixo as coisas fluírem.

Cada DJ possui um perfil artístico diferente. Alguns se destacam por uma pesquisa contemporânea, outros pelos clássicos. Há também aqueles que discotecam 100% em vinil ou ainda os que buscam misturar diversos movimentos musicais em seus sets. Como tem sido sua busca em relação a construção desse perfil sonoro que é tão importante a longo prazo?

Esse é o ponto! Não faço uma pesquisa, ou talvez eu faça, mas não de propósito. Sou influenciado por tantas culturas e sons, acho que minha música é uma mistura de muitas combinações. Eu poderia fazer faixas que são totalmente diferentes, mas ainda haveria aquele pequeno extra que me faz pensar “sim, sou eu”. E sinceramente eu não posso dizer o que é, porque nem mesmo eu tenho a resposta.

Definitivamente, há algo especial na dance music francesa. Na sua opinião. o que faz do país um polo tão importante no cenário eletrônico?

Certamente existe. Talvez venha da nossa herança cultural, realmente não sei. Não sou muito patriota. Comecei a fazer música quando morei na Alemanha e tenho influências de todo o mundo. Todo país tem seu próprio destaque especial.

Pessoalmente e emocionalmente, quais são os principais desafios de uma carreira na música eletrônica?

Para mim, se você quiser permanecer no jogo a longo prazo, você precisa explorar coisas novas constantemente e não ficar em um único gênero. Os últimos 6 meses foram um pouco difíceis para mim, porque eu tive que lidar com meu trabalho de segunda a sexta-feira, gigs nos finais de semana, produzir música e encontrar algum tempo para mim. Não foi nada fácil. Mas é definitivamente uma chance e uma experiência incrível. É claro que quando você passa muito tempo no avião, você pensa principalmente sobre seus problemas pessoais, então pode ser difícil às vezes. Mas esse sentimento quando você está atrás dos decks e vê as pessoas dançando e aproveitando o momento, isso é ótimo.

Para finalizar, uma pergunta pessoal: o que a música representa em sua vida?

A música faz parte da minha vida, dá ritmo à minha vida cotidiana. A música me dá esperança durante momentos em que estou realmente triste. A música é uma das coisas mais preciosas que tenho. É algo realmente profundo e é difícil descrever esse sentimento.

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