O carnaval é uma época especial para a cena brasileira. O principal feriado do país é marcado por um fluxo grande de artistas internacionais que passam pelo nosso território todos os anos. Há um mix interessante de grandes retornos e esperadas estreias, como a do duo alemão Monkey Safari, que vem ao Brasil pela primeira vez nesse fim de semana.
A dupla se tornou mais conhecida no Brasil após colaborações de sucesso com nomes como Guy Gerber, John Digweed, Super Flu, Moby e Victor Ruiz. Esse último trabalhou em um remix para a faixa Dodge, lançada ano passado pela Hommage, label que é dirigida pelos dois. Adeptos a apresentações com o sol batendo forte nas pistas, eles devem se sentir confortáveis com a atmosfera quente proporcionada pelo público brasileiro.
Ás vésperas da apresentação do duo no Terraza de Floripa, falamos com os cabeças por trás do Monkey Safari. De quebra, eles assinaram a edição 272 do nosso podcast com um set exclusivo. A música conecta as pessoas!
1 – Olá, meninos! É um prazeer falar com vocês. Após a colaboração com Victor Ruiz, Monkey Safari ficou mais conhecido frente ao público brasileiro. Como está a expectativa para essa primeira tour?
Nós ouvimos ótimas coisas sobre a cena clubber e as festas no Brasil! Mal podemos esperar para finalmente tocar lá. Vamos nos divertir juntos!
2 – Mesmo com releases importantes por labels como Minus e Push Communications, vocês decidiram criar a Hommage. Quais foram os principais motivos que levaram a essa decisão? O que podemos esperar da Hommage para 2017?
A independência é muito importante em nossa vida. Há vários grandes labels no mundo, mas gostamos de fazer o que queremos, talvez sejamos controladores. Vamos começar 2017 com um EP impressionante na Hommage por nosso amigo Karl Friedrich, seguido pela primeira compilação da label chamada “Heavy Body Music Vol. 1” incluindo 4 novas e exclusivas faixas assinadas por nós, Blondish, John Tejada e Marino Canal. Em outubro, vamos lançar nosso novo álbum. Além disso, estamos trabalhando em mais lançamentos, conversando com algumas pessoas e ouvindo muitas demos, mas nada oficial ainda.
3 – O último EP de vocês recebeu um remix das meninas do Blodish. Como surgiu esse convite? Vocês ficaram surpresos com o resultado?
Nós apenas convidamos. As garotas estão fazendo música boa e lançaram um álbum muito bacana e interessante. Gostamos de música interessante que não é construída apenas para a pista, então pensamos em trabalhar juntos e recebemos uma música realmente legal.
https://www.youtube.com/watch?v=KFXDDXYGUko
4 – Sabemos que definir uma linha de som é algo muito complicado, mas não custa tentar… como vocês definem o som produzido e tocado pelo Monkey Safari atualmente?
Provavelmente não é o que você quer ouvir, mas para ser honesto, só fazemos o que nós gostamos. Estamos tentando não rotular música e estar abertos para muitos estilos diferentes.
5 – Além do Victor Ruiz, o que mais vocês tem acompanhado sobre a cena brasileira. Há algum artista em especial que tem chamado a atenção de vocês?
Claro! Gui Boratto é uma exportação muito famosa do Brasil, sempre temos algumas de suas armas em nossa case.
6 – Há planos para a produção de um debut album?
Sim! Estamos trabalhando nele e planejamos lançar em outubro pela Hommage.
7 – No estúdio, vocês sentem algum tipo de dificuldade na hora de encaixar as ideias? Como funciona o processo criativo de vocês em dupla?
Lars está fazendo todo o trabalho de produção no estúdio e eu só estou atrás dele, motivando-o com um chicote. Não, de verdade, encontramos uma boa maneira de compartilhar o trabalho, Lars está trabalhando na música, eu estou trabalhando em mixes, entrevistas, no label e em muitas outras coisas. No entanto, no palco estamos sempre tocando juntos.
8 – Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música representa na vida de vocês?
Música é a resposta! Não poderíamos viver sem ela. Ela cria tantas emoções e grandes momentos na vida que não queremos perdê-la de jeito algum.