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A música conecta

Alataj entrevista Ost & Kjex

Por Alan Medeiros em Entrevistas 12.06.2018

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De vez em quando a dance music se torna um lugar chato, com fórmulas repetidas a exaustão e pouca inovação e personalidade nas principais gravadoras. Quando isso acontece, uma energia se renova através do trabalho de projetos com o duo norueguês Ost & Kjex. Fortemente apoiado por Solomun e a Diynamic, a dupla se desenvolveu e hoje é um exemplo de sucesso dentro de uma dance music mais suave e fora dos padrões.

A personalidade dessa dupla de amigos foi comprovada logo no primeiro release. Em 2004, Some But Not All Cheese Come From the Moon, debut álbum do projeto, foi produzido com sons de queijos e biscoitos. Em seguida veio Cajun Lunch, já pela poderosa Diynamic em 2008. Não demorou para que a dupla aparecesse colaborando com nomes de forte influência no cenário internacional. Jamie Jones, HOSH e Solomun são alguns dos artistas que já colaboraram com a dupla.

Após uma lona jornada com a Diynamic, Ost & Kjex voltam a colaborar com a Crosstown Rebels, gravadora comandada por Damian Lazarus. Após o lançamento do EP Dirty Mind do ano passado, eles retornam com duas faixas originais em Private Dancer, um EP que traz uma atmosfera fortemente ligada ao deep house e com um perfil mais pista que o habitual. Aproveitamos o recentemente lançado do EP e comandamos um bate-papo exclusivo com o duo norueguês. Confira:

Alataj: Olá, meninos! Tudo bem? Obrigado por nos atender. Tenho ouvido muitas coisas interessantes sobre a cena dance music da Noruega. O que vocês podem nos contar sobre isso?

Ost & Kjex: Olá, igualmente! Eu diria que muito boa, pelo menos aqui em Oslo. Essa é a cidade em que vivemos e conhecemos. Há muitos clubes bons e o público também é sempre bom. Mas sabe, nós somos caras de família, então nós não saímos muito para festejar – além de quando estamos tocando.

Para o lado artístico também há muitas novidades. Acho que o artista norueguês tem agora uma tradição de não seguir as “tendências” da música eletrônica, mas sim criar seus próprios sons – isso é legal.

Desde o lançamento de Some But Not All Cheese Come From the Moon em 2004, o que exatamente mudou no processo criativo de vocês?

Bom, eu acho que muita coisa [risos]. Naquela época tínhamos tantas ideias em nossas cabeças e queríamos experimentá-las todas ao mesmo tempo em uma música. Era engraçado, nada nos impedia de experimentar as coisas e não nos importávamos se as pessoas gostavam ou não. Acho que agora somos melhores em selecionar nossas ideias.

Solomun parece ser uma figura muito importante para o desenvolvimento do projeto a nível mundial. Como surgiu o contato com ele e com tem sido trabalhar com a Diynamic nos últimos anos?

Sim, Diynamic e Solomun foram muito importantes para a nossa carreira. Nos conhecemos através do Myspace – se alguém conseguir lembrar [risos]. Ele nos enviou uma mensagem quase ao mesmo tempo em que lhe enviamos uma mensagem, ambos dizendo que gostávamos da música um do outro.

É nítido que a música de vocês se diferencia do padrão que a dance music possui atualmente. É possível dizer que a busca por um perfil sonoro singular é uma das prioridades de vocês no estúdio?

Sim, eu acho que sim e se vocês também acham, esperamos ter conseguido. É algo que sempre tentamos fazer. Sempre nos esforçamos para dar um toque pessoal e original nas nossas faixas.

O relacionamento com as gravadoras é um ponto muito importante na carreira de um artista. Como vocês lidam com isso? Além da Diynamic, como tem sido se aproximar da Crosstown Rebels agora?

Na verdade, nós lançamos na Crosstown Rebels antes da Diynamic. Lançamos “How Not To Be A Biscuit” em 2006, temos uma conexão com Lazzarus desde então.

Ao longo dos últimos anos Ost & Kjex tem sido agraciado com alguns ótimos remixes. Como é pra vocês ter suas faixas reinterpretadas por outros produtores? Há algum remix favorito?

Geralmente é uma experiência muito boa para nós, remixadores pegando a essência e fazendo as nossas faixas vocais mais no ponto para o club. Meu remix favorito de todos os tempos é o de Maurice Fulton para “Have U Seen the Moon in Dallas?”.

Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música representa na vida de vocês?

É a proteína que mantém meus biscoitos juntos.

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