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A música conecta

Alataj Invites | Rods Novaes celebra o EP 200 da Not For Us com entrevista e playlist exclusivas

Por Alan Medeiros em Entrevistas 27.11.2017

Alataj Invites é a série de playlists do nosso Spotify.

Fundada em 1º de Novembro de 2011, a Not For Us Records se tornou uma das principais gravadoras brasileiras conectadas ao som de pista e ao longo desses 6 anos de trabalho recebeu boa parte dos artistas brasileiros de maior renome na cena house e techno – Davis, Leo Janeiro, Renato Ratier, Victor Ruiz e Junior C, apenas para citar alguns.

Além da qualidade dos lançamentos, uma característica em especial sempre chamou a atenção no trabalho do selo comandado por Rods Novaes e Wender A. Estamos falando da consistência, algo bastante raro dentro do – ainda bastante amador – cenário eletrônico brasileiro. Foi muito por conta dela e de um ótimo suporte técnico a cada novo lançamento (promo, design, masterização) que a NFU se transformou no que é hoje.

Agora, mais de 6 anos depois, o selo passa por um momento especial e celebra um 2017 de grandes releases com o seu EP de número 200, Donzela Perdida, que será assinado por Rods e Wender – dupla que já lançou um punhado de tracks pelo próprio selo. Às vésperas do release, convidamos Novaes para uma entrevista exclusiva, acompanhada de uma playlist com alguns dos principais e mais importantes releases da gravadora de Cuiabá. Confira abaixo:

1 – Olá, Rods! Tudo bem? É um prazer ter você aqui no Alataj novamente. A Not For Us caminha para o seu 200º release. Olhando para trás, qual o sentimento com relação a todo trabalho desenvolvido até aqui?

Olá! Tudo ótimo! É uma satisfação enorme estar no nosso 200 release, pois volto em 2011 e vejo que foi uma ótima ideia ter feito um selo, é mais uma forma de conhecer mais pessoas do meio e estar trabalhando com elas. Só tenho agradecer a todos esses artistas que apostaram e se juntaram com a gente. Se não fossem eles, nada disso teria acontecido.

2 – Em quais pontos ter seu próprio selo modificou a forma como você enxerga a cena eletrônica enquanto business atualmente?

Mudou bastante! Eu tinha uma visão bastante romântica da cena, mas quando você tá envolvido no meio, percebe que há muito business por trás das decisões.

3 – Boa parte dos principais produtores brasileiros já lançaram pela NFU. O que representa esse tipo de conquista para você e sua equipe?

Pra mim é uma grande satisfação e mostra que estamos fazendo um bom trabalho.

4 – Donzela Perdida é o nome do release 200 da Not For Us, certo? O que inspirou você e o Wender no processo criativo desse release?

Acho que as 3 faixas mostram um pouco da nossa historia nesses 8 anos de amizade e parceria. Donzela Perdida foi feita ano passado e ela tem uma levada bem marcante. Toquei algumas vezes e o resultado foi muito boa na pista. El Cabaret e Yellow Poney foram faixas que fizemos ambas em 2011 e na época tiveram muitos suportes legais do Marco Carola, Timo Maas e Gregor Tresher. Os labels que lançaram faliram e por isso resolvemos fazer esse relançamento, essas tracks marcaram muito nossa trajetória.

5 – Enquanto alguns labels são mais restritivos a gêneros, a NFU se tornou conhecida justamente por flutuar entre house, techno e até mesmo minimal. Fale um pouco sobre as possibilidades que essa escolha trouxe a vocês.

Tomamos esse rumo pois sempre flutuei em meus sets do house ao techno e acho que a música eletrônica é muito rica pra ficar preso em apenas um gênero ou sub gênero. Mas também não critico, acho que cada selo tem que ter sua politica e identidade.

6 – Quais são os seus planos para por a Not For Us em um next level nos próximos anos?

Não sei te dizer exatamente, mas a ideia ano que vem é dar uma enxugada nos lançamentos, deixar eles mais encorpados e em menor número.

7 – Seu label possui uma certa tradição em organizar alguns eventos pontuais durante o ano. Quão importante essas festas foram no processo de estabelecer o nome da NFU a nível nacional?

Sim! fizemos bastante entre 2013 a 2016, esse ano fiz uma apenas em parceria com a Sinestesia.art, que é uma crew bem bacana daqui, e trouxemos o Cesare vs Disorder. Foi uma noite muito legal!

8 – Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música representa em sua vida?

Music is my life!

A música conecta as pessoas! 

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