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A música conecta

Alataj entrevista Sebastian Voigt

Por Alan Medeiros em Entrevistas 22.06.2018

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Residente do tradicional Wilde Renate em Berlim, Sebastian Voigt acaba de confirmar uma nova residência para sua carreira, dessa vez em terras brasileiras. O DJ e produtor alemão passará a integrar o time de artistas da festa paulistana Carlos Capslock – a estreia acontece neste fim de semana.

Sua identidade na discotecagem e produção musical revela um artista que enxerga o techno de maneira profunda e dinâmica, com momentos de boa variação para o house e atmosferas melódicos – tanto na pista, quanto no estúdio. Ainda assim, suas apresentações preservam um caráter enérgico e pulsante e é justamente por isso que seu passaporte ganha novos carimbos a cada estação que se renova.

A nosso convite, Sebastian Voigt respondeu uma série de perguntas para Wesley Razzy, seu parceiro de trabalho aqui no Brasil. Hoje ele debuta sua residência na pista da Caps ao lado do também alemão Roi Perez e os artistas regulares da festa. Confira o resultado desse bate-papo:

Alataj: Olá Seb, obrigado por nos receber. Quero começar levando você de volta há alguns anos, quando você estava fazendo as festas da Look em Londres. Lembro que eu estava morando lá e a Lokee foi um dos melhores e mais underground eventos da capital. Ela desempenhou um papel importante na forma que eu acredito que uma festa deva ser agora. Você pode nos dizer o que a Lokee significou para você durante esses anos e algum momento memorável daquele período?

Olá, obrigado por me receber e obrigado pelas palavras sobre a Lokee. Depois de todos esses anos, pra mim ainda é o modelo de como uma boa festa deveria ser. Foi uma energia muito especial que eu não senti de novo muitas vezes. Houve tantas noites memoráveis. Um destaque foi certamente a festa que fizemos em um porão em Aldgate, no leste de Londres, talvez em 2009 ou 2010. Seth Troxler e Craig Richards tocaram seu primeiro b2b, dOP estava tocando também e acho que foi o aniversário de Cesar Merveille. O suor escorria do teto e todos tiveram o momento de suas vidas. Algumas pessoas ainda me dizem que essa foi talvez a melhor festa que elas já foram.

Você é DJ residente do Wilde Renate e também está envolvido na direção musical do club. Você pode nos dizer como é trabalhar neste local icônico? Além disso, quais são as principais dificuldades para manter um club de sucesso em Berlim?

Tem sido uma ótima caminhada com o Renate, que completa 11 anos no outono. Estou no club há mais de cinco anos e também tenho meu estúdio lá. Estou orgulhoso principalmente pelo Else, nosso club ao ar livre, que se desenvolveu de uma maneira muito bonita. A principal dificuldade em Berlim é ficar no topo do seu jogo por muitos anos em um mercado muito saturado.

A Capslock comemora 7 anos no dia 22 e, junto com essa comemoração, também anunciaram você como novo DJ residente. Você já tocou na Capslock algumas vezes, como foi? Qual é a principal diferença entre tocar lá e em outras gigs na Europa?

Estou muito feliz com essa nova residência. Na Capslock eu senti um pouco da antiga energia da Looke, senti uma forte conexão instantânea quando toquei a primeira vez. Há uma certa emoção no ar que não sinto na Europa há muito tempo.

Você teve residências em Londres, Berlim e agora São Paulo. Você pode descrever a cena em cada uma dessas cidades usando apenas uma palavra?

Uma palavra é impossível, mas vou tentar usando três para cada, o que vier espontaneamente na minha mente.

Londres: musicalmente diversificada, restrita, preciosa.

Berlim: dirty, saturada, sem fim.

São Paulo: entusiasmada, crescendo, aberta

Algum projeto nos próximos meses que você queira nos contar?

Estou tentando terminar meu álbum, o que está levando mais tempo do que o planejado, porque o meu tempo no estúdio está bastante limitado no momento. Também tenho alguns outros projetos que espero poder compartilhar em breve.

Por último, uma pergunta que sempre fazemos aos artistas. O que a música representa pra você?

Música é vida, ela me deu tudo o que tenho.

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