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A música conecta

Alataj entrevista Toshi

Por Alan Medeiros em Entrevistas 25.01.2019

A voz feminina sempre caminhou lado a lado com o desenvolvimento da dance music, especialmente frente ao house. Nomes como Crystal Waters, Barbara Tucker, Dominica e Ann Saunderson eternizaram verdadeiros hinos com suas vozes potentes e influenciaram uma geração inteira, dentro e fora das pistas. Você já parou pra pensar o que seria de faixas Black Water, Gypsy Woman e Gotta Let You Go sem os seus vocais? Talvez elas não teriam se transformado nos hinos que são hoje.

A sul africana Toshi faz parte de uma nova geração de artistas que tem pouco a pouco conquistado seu espaço na cena internacional e ajudado a escrever um novo capítulo no relacionamento entre grandes vozes e os principais artistas da dance music. Seu primeiro trabalho de grande relevância foi a collab com Black Coffee (um verdeiro herói musical da África do Sul), lançado em 2016 pela Get Physical. Ano passado, outro grande sucesso: Toshi assinou os vocais de Ngeke, faixa original de Armonica que ganhou as pistas do mundo todo através de um remix do duo alemão andhim.

Quase um ano após o último lançamento citado, ela volta a colaborar com a dance music, dessa vez em parceria com um artista brasileiro. No último dia 18, YOLA lançou Avalo, EP que conta com a participação de Toshi em Thando, faixa principal do release, e foi lançado pela Primatas Records. No embalo do lançamento, convidamos Toshi para um bate-papo especial em busca de saber mais detalhes sobre sua identidade enquanto artista. Confira:

Alataj: Olá, Toshi! Tudo bem? É um prazer falar com você. Nos últimos anos, alguns de seus vocais se tornaram famosos no meio da dance music através de produções de nomes como Black Coffee, Andhim e mais recentemente a dupla Lemon & Herb. Como você enxerga a performance de sua obra no meio eletrônico?

Olá. Estou bem, obrigada! Vocês são muito bem-vindos. Obrigado novamente, vejo meu trabalho explodindo na música eletrônica. Me vejo criando novas músicas enquanto continuo colaborando com produtores diferentes em todo o mundo.

Você faz parte de uma nova geração de vocalistas que tem colaborado com DJs e produtores. Como você avalia os resultados obtidos até aqui e quais são seus planos para o futuro nessa área?

Eu quero ser lembrado como a rainha do som na música eletrônica em todo o mundo, quero que as pessoas que não conheçam esse gênero musical o conheçam por minha causa.

Fora da música eletrônica, quais são seus principais trabalhos desenvolvidos até aqui? Você costuma se apresentar ao vivo na África do Sul com banda ou outro formato?

Fora da dance music, meu trabalho principal é Buya, Amahioni, Zulumke, Ngeke, Uyankenteza, Kanti, etc. Eu me apresento na África do Sul com uma banda, às vezes sozinho com um DJ, depende do setup do evento.

Black Coffee é uma das grandes estrelas mundiais da música eletrônica e obviamente possui um trabalho muito influente em toda África do Sul. Como foi pra você colaborar com ele em Buya?

Foi um sonho realizado, absolutamente incrível. Não foi algo que eu estava esperando, um grande homem de honra. Foi um momento de felicidade para mim.

https://www.youtube.com/watch?v=tDPibFndzVk

Recentemente o produtor brasileiro YOLA lançou seu debut EP contendo uma faixa com seus vocais. Como surgiu o convite para trabalhar com ele e o que fez você aceitar tal desafio com um artista que está no começo de sua jornada na música?

Trabalhar com Yola foi uma honra para mim. Primeiramente, seu som me emocionou, nunca tinha trabalhado com um brasileiro antes e posso dizer que um dia ele será uma grande lenda.

Quais são seus principais planos e aspirações para 2019?

Esse ano vou continuar com as collabs e lançar meu próprio álbum, então será um ótimo ano, de fato.

Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música representa na sua vida?

Música representa o espírito da vida para mim, é a minha respiração, não há vida sem ela. Não conseguiria viver sem a música.

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