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A música conecta

Vinicius Honorio é o Brasil na Drumcode e já tem data para retornar ao país!

Por Alan Medeiros em Entrevistas 15.05.2017

Que o Brasil é um país com imenso potencial criativo todos nós já sabemos. O que tem surpreendido recentemente é a capacidade da nossa cultura de revelar grandes artistas em um dos estilos musicais de maior crescimento no mundo: o techno. Após nomes como Gui Boratto, Anna e Wehbba despontarem para esse cenário a nível internacional, Vinicius Honorio chamou a atenção dos que até então não conheciam seu trabalho com um EP esmagador pela poderosa Drumcode.

Trought The Darkness chegou ao mercado com 4 faixas originais e mostrou a habilidade precisa de Vinicius na produção musical. Mas, engana-se quem pensa que sua história começa por aí. O DJ e produtor brasileiro possui uma longa história na dance music, mesmo fora do techno. Na cena DnB, ele alcançou reputação internacional com a alcunha artística BTK. A caminhada de Vinicius começou a mudar quando ele se mudou para Europa e posteriormente para Londres em 2014. Desde então, foi o techno que passou a ocupar a maior parte de suas aspirações.

Antes do release pelo selo de Adam Beyer, ele trabalhou o EP Circles pela Skeleton, gravadora ministrada por dubspeeka. Honorio também teve faixa lançada em compilação do lendário club Space Ibiza e o EP Cosmos pelo selo Elevate da dupla Pig&Dan. Anunciado como novo artista da D AGENCY, Vinicius tende a ser uma das grandes apostas da agência para 2017 e promete uma tour pelo Brasil ainda esse ano. Saiba mais sobre sua jornada através desse bate-papo que tivemos com ele:

1 – Olá, Vinicius! Muito obrigado por falar conosco. Sua história de sucesso no drum n’ bass é algo que merece destaque. Quais são as melhores lembranças que você traz dessa época?

Olá, prazer em conversar com você também! Durante meus anos produzindo e tocando Drum & Bass eu fiz grandes amigos, conheci pessoas incríveis, viajei bastante e explorei lugares interessantes, países e culturas.

2 – Londres possui uma cena house historicamente importante para o cenário global, entretanto, morando lá desde 2014 você desenvolveu ainda mais sua paixão pelo techno, certo? De que forma a atmosfera da cidade contribuiu para sua evolução enquanto artista?

Eu me mudei para a Europa em 2007 e morei em Londres no meu primeiro ano, depois mudei para Bruxelas e passei 6 anos na Suíça, voltando a morar em Londres no final de 2014. Eu amo Londres, é um lugar inspirador e que lhe dá a sensação de que você deve fazer algo a mais e de útil com a vida. Minha paixão pelo techno sempre foi forte desde quanto eu morava no Brasil e as minhas experiencias ao longo destes anos contribuíram com certeza para essa evolução como artista.

3 – Pig & Dan, dubspeeka e mais recentemente Adam Beyer, são alguns dos nomes que tem apostado em você. Qual a importância desses suportes? Lançar com selos renomados tem feito a diferença na sua carreira?

O suporte deles foi e ainda é, não apenas essencial, mas também inspirador e motivacional. É difícil ser um novato na cena e ter a atenção necessária para conseguir que suas demos sejam ouvidas. Quando um de seus ídolos toca sua música e decide lancá-la no seu selo, isso dá a sensação que você está fazendo algo certo. Definitivamente, alterou a minha carreira e continua a me motivar a trabalhar nas minhas musicas ainda mais.

4 – Sobre seu mais recente EP, lançado pela Drumcode: como foi o processo criativo? Como exatamente você conseguiu essa façanha de lançar por um dos melhores techno labels do mundo?

Eu normalmente começo minhas tracks pela batida e vou desenvolvendo o que eu acho que vai faltando. Produzo em casa, na sala de estar e quando os meus vizinhos me permitem trabalhar com o volume alto. Minha configuração é simples e baseada em software. Meu DAW de escolha sempre foi Cubase com muitos plugins e sempre trabalhei com PC. Outro fator que acho que em ajudou bastante é que eu sempre entreguei minhas demos em pessoa. Aprecio o contato cara a cara para não ser apenas um nome que envia as demos pela internet.

5 – Como você avalia no momento a atual situação do mercado brasileiro? Na sua opinião, se você tivesse se mantido por aqui, sua carreira estaria no mesmo patamar que se encontra hoje?

Em todo esse tempo morando na Europa, por mais que eu gostaria, eu voltei poucas vezes ao Brasil e não estou atualizado com o que está acontecendo com o mercado nacional. Eu tenho sempre acompanhado os lançamentos e nos últimos anos tenho vistos novos nomes nacionais, pelo menos para mim. Ter morado na Europa me ajudou a entrar em contato mais facilmente com as gravadoras que eu tenho produções lançadas e me encontrar com os meus ídolos , porém eu acredito que talento, persistência e trabalho duro quebram qualquer barreira na vida pessoal ou profissional de qualquer pessoa. Se você não correr atras do seu sonho, você pode morar no subúrbio do Rio de Janeiro de onde eu vim, no centro de São Paulo ou em Londres e mesmo assim nada vai se concretizar.

6 – Recentemente você foi anunciado no castign da D AGENCY, uma das melhores agências do mercado nacional. Quais são os seus planos envolvendo gigs e tours pelo Brasil? Há algo programado para um futuro próximo?

O D-EDGE tem uma reputação muito positiva é e um dos melhores clubes do Brasil, eu sempre fui fã. Encontrei com o Stefano (meu agente) quando estava visitando o Brasil no mês passado e ele sugeriu de trabalharmos juntos. Estou muito animado com essa parceria. Volto ao Brasil em meados de Setembro para uma pequena tour pela América do Sul, e já tenho datas confirmadas no Brasil e algumas datas na Colômbia. Ainda temos dias livres, então promotores, entrem em contato.

7 – Depois de tantos anos trabalhando com música eletrônica, o que você tira de melhor do aspecto humano de toda essa caminhada?

Música eletrônica conecta todos os tipos de pessoas e elas apreciam a música sem julgamento, deixando seus problemas para trás e vivendo no momento, independentemente de onde você veio, religião ou condições atuais.

8 – Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música representa na sua vida?

Desde de sempre, eu tenho sempre sido apegado à música de todos os gêneros. Música tem um peso enorme na minha vida, pode-se dizer que vivo e respiro música. Ela me dá inspiração, motivação, me acalma, cria lembranças felizes e, em geral, me moldou para ser a pessoa que sou.

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