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A música conecta

Conheça o house com forte influência africana de Yaya nesse bate-papo exclusivo

Por Alan Medeiros em Entrevistas 31.10.2017

On air é a coluna de entrevistas do Alataj. Leia todas aqui! 

A música eletrônica é um estilo aberto a experimentações/inovações e muitas vezes as cenas house e techno carecem de artistas que imprimem sua própria identidade através de seus sets e produções. O italiano Yassin Ligali Ali, ou simplesmente Yaya, é um nome capaz de fazer as pistas vibrarem em um tom fora da curva.


Seus trabalhos são marcados por uma assinatura que mescla um house moderno, com traços sutis de ritmos africanos – sua principal influência. Desde a adolescência a música esteve inserida na vida de Yassin, seu pai foi cantor da banda M’bamina e com apenas 17 anos ele passou a frequentar as principais festas de Ibiza. Por lá, ele encontrou a motivação necessária para começar a produzir e em 2009 sua música chegou até Loco Dice, que topou lançar o EP de estreia de Yaya, chamado Vecute, pela Desolat.

De lá pra cá ele embarcou numa grande viagem por alguns dos principais clubs e festivais do mundo ao lado de Dice, com direito a passagens por Fabric, Watergate, Sankeys, Cocorico, Amnesia, Space, Ushuaia e outras pistas expressivas. Procurando mais independência em seus releases e uma forma diferente para expressar seu trabalho, Yaya lançou recentemente a Tamango Records, gravadora que teve seu nome inspirado no primeiro escravo africano que lutou pela liberdade. Nesse bate-papo exclusivo, Yassin fala sobre alguns dos pontos importantes de sua carreira e inspirações. Confira:

1 – Olá, Yaya! Obrigado por nos atender. Após tantos anos lançando e colaborando com selos como Desolat, Cadenza e Get Physical, o que levou você a fundar seu próprio selo? É possível dizer que trabalhar com outras gravadoras estava limitando seu poder criativo?

Não, não estava me limitando como produtor, pois trabalhar em outros labels é um passo importante para todos, principalmente esses grandes labels mencionados. Há sempre muito para aprender com eles, se você quiser começar seu próprio selo também, porque estará mais preparado para gerenciá-lo.

2 – Você é um italiano com raízes étnicas africanas. Como cada uma dessas culturas contribuíram na formação do DJ e produtor que você se tornou?

Meu pai era músico em um grupo de Afro Beat, Afro Funk chamado M’bambina, e desde os 3 anos, lembro dos dias bons ouvindo alguns discos com ele. Acho que minha carreira como DJ já estava escrita há muito tempo. Além disso, o fato de ser italiano, onde a cena da música eletrônica sempre foi vanguardista, me ajudou a entrar no mercado.

3 – Na sua visão, qual a principal “marca registrada” da sua música? 

Meu sangue africano.

4 – Estar em Ibiza muito jovem forneceu a você uma visão mais empresarial do mercado da música eletrônica?

Quando eu tinha 17 anos em Ibiza, meu único pensamento era tocar música e me divertir, mas depois de duas temporadas percebi o grande potencial da ilha para a minha desejada carreira como DJ e a música eletrônica em geral. Na ilha eu consegui as maiores satisfações da minha vida.

5 – Para qual caminho você imagina que seu som teria seguido sem o apoio de Loco Dice logo no começo? Quão importante é ser parte da família Desolat no processo de globalização do seu trabalho?

Acho que as coisas na vida acontecem por um motivo e não por acaso. Sou do tipo de pessoa que quando quer muito alcançar um objetivo, sempre consegue com todos os esforços e sacrifícios. Trabalhar com Desolat foi certamente um dos meus objetivos e tenho certeza que eu teria trabalhado mais cedo ou mais tarde e eu teria feito tudo para me sentir realizado.

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6 – O que você sabe a espeito da cena no Brasil? Há algum artista brasileiro que tem chamado sua atenção recentemente?

Acima de tudo, sou atraído por brasileiros.

7 – Cassy, Mike Shannon, Rich NXT e Diego Krause estão entre os artistas que já lançaram na Tamango Records. O que podemos esperar para o restante de 2017?

Na Tamango vocês escutarão músicas de Alex Ground, Jamahr, Ben Rau e muitos outros.

8 – Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música representa em sua vida?

Música é a minha vida.

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