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A música conecta

Com Lovebirds inspirado, WMF tem pista2 de respeito

Por Alan Medeiros em Reviews 23.07.2014

Se Lovebirds estranhou tocar para uma pista com mais de 6 mil pessoas em Setembro do ano passado, esse ano o alemão se sentiu em casa. O WMF teve o melhor palco alternativo de todas as suas edições. E o saldo geral do Winter Music Festival é muito positivo, o festival teve cara de festival, publico de festival e se mantém forte para 2015.

O Green Valley tinha a díficil missão de montar um line forte mesmo na primeira semana do Tomorrowland. Para o seu concorrido Main Stage trouxe o já conhecido Norman Doray e o prodígio Danny Avilla. Ambos eletrizaram a pista, mas Danny Avilla com um estilo mais agressivo ganhou a preferência do público.

10447556_10152346874253640_1940233213336065908_nNo Lounge, pista qual nossa equipe ficou na maior parte do tempo, conseguimos presenciar o warm up já acelerado de Rod B, porém coerente com o horário da festa. O produtor brasileiro já usava boas tracks com vocais e breaks marcantes. Thomaz Krause subiu ao bonito palco do Lounge, que por sinal recebia excelente soundsystem também. O paulista mostrou porquê é um dos grandes nomes do deep house nacional no momento, com um excelente set comandou a pista durante sua apresentação, destaque para sua track Love Games em parceria com Vintage Culture e Jack is back de Fabrício Peçanha. Robert Babicz tinha a missão mais díficl da noite, fazer o público que ali estava acostumado com um deep house mais dançante, entender seu som. Díficil de categorizar, o som do alemão costuma cair bem em ambientes mais introspectivos, pois Babicz conseguiu criar essa atmosfera no Green Valley. A pista teve uma pequena mutação de público nos primeiros minutos de set, mas com aposta em beats dançantes e tracks melódicas Babicz não decepcionou e mostrou que a boa música não tem fronteiras, um prêmio para quem apostou e arriscou na escalação do alemão como atração principal no palco alternativo. Lovebirds, também da Alemanha, era outro nome muito aguardado, o  dj havia postado nas suas redes sociais em setembro, logo após show no main stage do Green Valley, que havia se impressionado com o fato de tocar em um palco gigante com 6 mil pessoas a sua volta, dessa vez, com clima de clube europeu no lounge, o Dj se mostrou em casa, mostrou ao público uma levada brilhante do Deep House com baixos marcantes e excelente técnica foi o destaque na noite.

O saldo do festival é muito positivo. Casa cheia, alto astral e o Green Valley cumprindo seu importantíssimo papel na cena, se os anúncios de Alok e Victor Ruiz como residentes não foram unânimidade na cena underground, as apresentações de Babicz e Lovebirds foram, e mostraram a força do poderoso club catarinense.

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