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A música conecta

Review | D.SIDE 04.08.18

Por Alan Medeiros em Reviews 08.08.2018

No último semana vivemos pela primeira vez in loco a experiência de um evento com assinatura D-EDGE fora do club. Na verdade, nós já havíamos marcado presença no showcase do club paulistano no Warung Beach Club em 2015, mas ainda assim se tratava de uma experiência clubber. A segunda edição do D.SIDE nos chamou a atenção desde o primeiro momento e graças a um convite da organização, podemos estar presentes de corpo e alma.

Saímos de Santa Catarina no começo da noite de sábado e ao chegar em São Paulo, tudo o que deu tempo de fazer foi partir para o hotel rapidamente, jantar ali mesmo no restaurante da acomodação, tomar um banho, descansar por alguns poucos minutos e partir para o club. Chegando no Canindé, já agilizamos a compra de fichas (que aparentemente funcionou muito bem durante a noite toda) e do copo reutilizável. Em seguida, partimos para o Main Stage, onde Daniel Um dava números finais ao seu set.

Na sequência entrou a serva Tijana T, que proporcionou a pista uma variedade de atmosferas interessantes, indo do techno ao house, marca registrada dos seus sets, com bastante facilidade. A parte final de sua apresentação teve uma resposta melhor do dance floor, que já estava lotado a espera da lenda holandesa Speedy J. Com quase 30 anos de carreira e 49 de vida, Speedy J é sem dúvidas um dos nomes mais interessantes da história do techno. Em sua nova passagem por São Paulo ele construiu um set marcado por intensidade e muita pressão de pista, atmosfera essa que tem se tornado cada vez mais evidente em suas apresentações.

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Alex.Do, membro do respeitado selo alemão Dystopian seguiu a tônica da noite e não alivoiu a intensidade proposta por Speedy J. O DJ e produtor alemão, entretanto, seguiu uma linha com um pouco mais de melodias e breaks mais trabalhados em determinados momentos e ao longo de sua apresentação conquistou uma forte conexão com a pista, que aquela altura da noite já esperava pelo Acid Boy, Regal.

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O DJ e produtor de Madrid é considerado um dos nomes mais interessantes do acid techno na atualidade. É curioso observar como Regal une o que há de melhor em duas escolas muito tradicionais do estilo ao redor do globo: Itália e Espanha. Desde 2012 ele é apontado por muitos como um talento em ascensão e tais créditos tem se confirmado a cada novo set. No D.SIDE não foi diferente, bom repertório, boa técnica e carisma podem ser apontados como os pontos altos do seu set. Já com a pista no auge, Renato Ratier e Stefano TT proporcionaram um fim a altura da belíssima história musical que foi construída durante a noite e cravaram na memória de todos os presentes a importância da segunda edição do projeto D.SIDE. Aqui vale reafirmar a importância de termos artistas brasileiros fechando o line up, sinal de prestígio frente ao produto nacional.

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Acho que nós havíamos esquecido da pista Olga? Claro que não! O segundo palco do festival era bem menor que o Main Stage e propositalmente possuía uma atmosfera mais intimista, sem muito glamour ou qualquer painel de led. O foco claramente estava 100% na música. Com Dee Bufato e Gromma aquecendo e fechando a pista com muita qualidade, respectivamente, ficou fácil para os romenos do Vinyl Speed Adjust entregarem um set magnífico, certamente uma das melhores construções musicais de minimal que já escutamos até hoje. A proposta do Olga foi um complemento ideal ao conceito do D.SIDE, que já confirmou sua próxima edição para 2019. No domingo, voltamos para Santa Catarina com as penas doendo, mas com a certeza de que uma grande experiência tinha sido vivenciada. Esperamos pela próxima!

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