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A música conecta

Uma noite com cara de Warung

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Por Alan Medeiros em Reviews 29.09.2015

É sempre um prazer viver uma noite de Warung e no último dia 19 não foi diferente. Fomos acompanhar de perto mais um showcase da FACT – ano passado havia sido muito interessante como Rick Maia, Bonobo e Kate Simko – e a estreia de Olivier Giacomotto.

Depois da grande explosão que foi o evento do dia 5 de Setembro, a noite do dia 19 reservou um clima mais agradável no club. O Warung recebeu bom público mas esteve bem longe de estar lotado. Conforto foi a palavra certa para definir a noite. Era possível ir com facilidade de um stage para o outro sem esbarrar em ninguém. Em geral as pessoas estavam mais cordiais, o que contribuiu muito para o sucesso da festa.

No Garden André Buljat e Rick Maia fizeram um b2b de 6 horas. A apresentação da dupla foi para muita gente o ponto alto da noite. Bem entrosados, Andre e Rick protagonizaram uma construção de set bastante madura e com repertório inteligente. Na sequência a lenda portuguesa DJ Vibe fechou a pista com um set de 3 horas. Não acompanhamos a maior parte de sua apresentação, mas o período que assistimos nos agradou bastante. Vibe parece fazer uso de sua experiência em pistas mais intimistas como a do Garden – que não estava lotado. A sensação é que poucos artistas conseguem reproduzir tal linha sonora em suas gigs. Algumas tracks do século passado ganharam a pista, provando que música boa não envelhece.

No Inside, Diogo Accioly, nome já conhecido do Warung abria a pista. Chegamos próximo ao fim de sua apresentação, que já dava indícios da linha que Phonique iria seguir. Para quem apostava no deep house que tornou Michael Vater conhecido no mundo todo, uma surpresa. Phonique teve sim momentos do estilo em seu set, mas o tech house predominou, ainda em que uma linha mais suave do que o headliner emplacaria na sequência.

Olivier tinha a responsabilidade de substituir Marc Houle. É compreensível que muito dos fãs de Houle não estavam na pista, mas é justo afirmar que Giacomotto agradou e muito aos que estavam ali. Desde o começo ele introduziu uma roupagem sonora bem intensa, predominantemente tech house. Abriu com “Pressure” do Pete Sabo e tocou grande parte de suas faixas mais conhecidas como “Beautiful Place” e “Bipolar Star”, ambas recentemente lançadas pela Noir Music. A cereja do bolo veio com o remix de Koze para “Bad Kingdom”, um fim de lavar a alma.

Agora o dia 3 de Outubro tem um pouquinho do clima da Tribaltech Evolution no Warung. Pela primeira vez no club o live espetacular de Mathew Jonson. Além de sua estreia, há também o sempre aguardado retorno de Kolombo, um dos artistas mais populares entre o público do Warung. Somam forças a esses dois grandes artistas os brasileiros Fran Bortolossi, Fabo e a dupla Stekke. Mais uma grande noite no templo.

Fotos: Gustavo Remor – IMAGE CARE

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