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A música conecta

O jeito “EL Fortin” de ser.

Por Redação Alataj em Reviews 29.04.2014

Após cerca de um mês de espera desde o último evento no club, era grande a expectativa do público, tanto da parte de line-up, quanto da estrutura que vem sendo melhorada a cada festa que passa. É de se notar o quanto cresceu o club nos últimos dois anos, a evolução em proporções geométricas faz o El Fortin Club hoje ser reconhecido internacionalmente.

Nas melhorias estruturais destaca-se a nova cobertura construída atrás da tenda do mainstage, e a construção dos banheiros na área de backstage. Grande destaque também para o sistema de som, iluminação e mapping de alta qualidade que funcionaram perfeitamente.

Infelizmente não conseguimos acompanhar a apresentação de Davi Cecato, que era o responsável por começar os trabalhos no mainstage, porém, hoje foi postado em seu soundcloud a gravação de seu set, que de fato, ficou marcado pelas tracks bem selecionadas, explorando a linha deep e tech house low bpm, que evoluía na medida em que a pista lotava.
Paulo Jardim, segundo DJ da noite, fez uma apresentação sólida, explorando o clássico deep house com linhas de baixo marcantes, para deixar a pista quente a tempo do inglês Kanio a receber.
Os Headliners

Ed Kane, mais conhecido como Kanio, é figurinha carimbada no club. Querido pela maior parte do público, fez uma apresentação justa e eclética, indo do seu clássico Minimal Tech ao Techno e Tech House, surpreendendo com algumas pitadas de deep house, tentando mostrar todas as faces de seus projetos como produtor musical. Ovacionado como sempre, Ed entregou a cabine para o pioneiro do Minimal Techno, Marc Houle.

Enigmático, Marc era a atração que vinha causando curiosidade e ansiedade por parte do público, pelo fato de possuir um estilo único e inconfundível. Confirmando as expectativas dos mais otimistas, deu uma aula de como se fazer Techno, proporcionando à grande parte das pessoas que lá estavam uma experiência totalmente nova, chamando a atenção pela técnica e domínio do seu Live Act, usando e abusando de elementos e efeitos diferenciados bem elaborados, que foram totalmente aceitos pelo público, além do uso de seus vocais ao vivo, deu um show e consolidou seu nome no club, arrancando muitos aplausos.

A responsabilidade de manter a pista animada após o grande headliner é sempre grande, mas se teve alguém que soube lidar com esse desafio foi a paulista Ké Fernandes a.k.a. Groove Delight, que faz parte da nova geração de produtores brasileiros. Seu retorno foi muito aguardado e com seu Techno pesado de bastante groove, fez jus ao nome tocando desde suas músicas mais novas, até seus hits, mashups, bootlegs e produções de outros artistas brasileiros e estrangeiros como Victor Ruiz e Julian Jeweil.

Pra fechar a festa em grande estilo, foram convocados os irmãos Lucas e Hugo Sanches do Chemical Surf para a tarefa. Muitos não sabem mas suas apresentações possuem apenas tracks de autoria própria e o que se pôde ver foi a versatilidade e inteligência com que a dupla trabalha, abrindo o set com um Techno forte e original, e aos poucos incorporando os baixos marcantes do deep house que são sua marca registrada, tudo isso com muita audácia, criando o clima ideal para seus hits poderem tomar conta da pista e segurar a grande maioria do público até o último minuto de festa.

Orgulho de ser brasileiro quando se trata de música eletrônica, com certeza estamos bem representados. Mais uma festa linda que fica na história do club deixando o público muito satisfeito e com gostinho de quero mais. Dia 9, mais um importante evento para consolidação do El Fortin na rota dos principais clubs do mundo. Amine Edge e Dance se juntam ao casal mais querido do Brasil, Victor Ruiz e Anny Mello para uma noite de sold out no club mais underground do Brasil. Feel the music!

Texto: Luan Gouvêa

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