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A música conecta

O RMC é indispensável para o mercado

Por Alan Medeiros em Reviews 03.09.2015

Na última semana, viajamos à Curitiba para participar da edição regional Sul do RMC. O maior ponto de encontro de profissionais da música eletrônica do Brasil tem 5 edições regionais, que são uma excelente oportunidade para todos os participantes aprofundarem contatos e assistirem a painéis e workshops com os profissionais que estão fazendo a diferença no mercado.

Para a edição 2015, fomos convidados para participar do painel “O novo jornalismo das pistas” junto aos amigos da House Mag e da Phouse. A experiência como um todo foi muito proveitosa e podemos confirmar algo que já imaginávamos: o RMC é indispensável para o mercado. A seguir você confere um pouquinho do que rolou nos paineis que acompanhamos durante a conferência.

A quinta-feira começou com um dos encontros mais esperados. O painel “Club life” reuniu nomes de grandes clubs da região. O clima do debate foi muito cordial entre os participantes e todos ressaltaram a importante fase de valorização do artista nacional.

Na sequência, entendemos um pouco mais da força do Rio Grande do Sul na cena com um painel que reuniu artistas e profissionais que estão realizando um grande trabalho por lá. Eles apontaram um pouco do processo de transição da cena que acontecia na capital, passou a ser referência no interior e agora está influenciando a capital gaúcha novamente.

O terceiro encontro do dia falou um pouco mais sobre os caminhos que o produtor deve seguir para atingir seu público. A curadoria sabiamente colocou profissionais que atuam em diferentes áreas e um dos temas mais comentados durante a conversa foi o período difícil que se encontra o Soundcloud, plataforma que sempre foi uma das principais para os novos artistas construírem sua base de fãs.

As 18:15, participamos do painel “O novo jornalismo das pistas”. O mediador João Anzolin levantou alguns assuntos importantes como a polêmica envolvendo acontecimentos da cena, uso de posts patrocinados e a curadoria de conteúdo.

O penúltimo encontro do dia trouxe 4 profissionais que trabalham com o campo audiovisual da música eletrônica. Ao longo do painel eles apontaram algumas diferenças do mercado se olhássemos para alguns anos atrás e também comentaram novos caminhos e possibilidades para essa área.

Encerrando o dia, mais um painel bastante esperado. O “New faces” convidou 4 artistas que representam bem o momento de ascensão da produção nacional que está conquistando as pistas e as grandes labels do mundo. BLANCAh se destacou ao apontar com bastante clareza sua trajetória na música e como ela se encontrou e construiu uma identidade tão forte nos últimos anos.

O segundo dia começou com o que foi com certeza o painel mais descontraído da edição. O “Memórias curitibanas” foi uma verdadeira aula sobre o começo da cena em Curitiba. Pako destacou o start no underground, Conti e Igor aprofundaram sobre os desafios de seus pioneiros clubs na capital paranaense e Leozinho contou com irreverência como sua carreira de DJ começou.

Casa cheia para ouvir Jeje e Fernanda Paludo falar sobre os desafios e novidades da Tribaltech Evolution. Teve de tudo nesse papo. Desafios de logística, detalhes da curadoria e algumas novidades quentes, como a possível inserção de novos palcos e a possibilidade de transmissão do Boiler Room no stage Florest Gump.

O painel “Direção Artística” convidou profissionais envolvidos com a curadoria artística de clubs da região Sul, além de Jota, que trabalha como manager de artistas. Mais uma vez eles citaram o aumento do dólar como um empecilho na contratação de artistas gringos, mas afirmaram que o momento é bom e que com um trabalho de base é possível ousar mais.

O último painel que assistimos foi o “Mulheres na dance music”. Esse sem dúvidas foi o que se desenvolveu com maior dinamismo. Mediado por Bruna Calegari, todas as participantes se mostraram a vontade para falar sobre suas carreiras e os desafios que já enfrentaram. Sem falas longas de nenhuma das participantes e com grande participação da plateia feminina, o painel mais pareceu uma conversa entre amigos. Resultado muito positivo para todos os que estavam ali presentes.

Aproveitamos alguns períodos fora das salas de painel para aprofundar contatos, conhecer pessoas que só falávamos via web e rever grandes amigos construídos no universo da música eletrônica que caminha para uma união cada vez maior. Evoluir junto, promove uma caminhada muito mais rápida e prazerosa, e nesse aspecto o RMC desempenha um papel fundamental. Esperamos participar cada vez mais. A música conecta as pessoas.

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