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A música conecta

Special Series | Henrik Schwarz

Por Alan Medeiros em Special Series 24.01.2017

Uma das características que nós mais admiramos em um artista da Dance Music é a habilidade de flertar com outros estilos e movimentos artísticos. Henrik Schwarz nasceu no sul da Alemanha e deu seus primeiros passos como DJ discotecando Rap, Hip Hop, rare groove e Techno. A experiência na pista logo o levou para o campo da produção musical e o avanço na tecnologia permitiu que Henrik fosse cada vez mais longe. Desde então ele não parou mais e através de um trabalho exaustivo tem gravado seu nome no hall dos gigantes.

Após formar-se em design gráfico, Schwarz mudou-se para Berlim, onde trabalhou por alguns anos na sua profissão de formação. Lá, ele avançou seus estudos na música e algum tempo depois lançou Supravision, seu primeiro EP em vinil. Marvin, uma das faixas presentes no disco, caiu no gosto de Gillers Peterson, que a fez rodar na BBC. Aos poucos, o talentoso produtor musical do sul da Alemanha mudava sua área de atuação: do Design para a música. Era apenas o início de uma jornada que impressionaria toda comunidade House e Techno.

Pouco a pouco, Henrik foi dominando a Europa com sua música. A experiência adquirida durante as viagens e apresentações ao redor do velho continente o credenciaram para a construção de seu live – atualmente um dos mais concorridos do cenário mundial. Paralelo aos seus projetos individuais, o artista aprofundou sua relação com gravadoras como K7 Records, Defected, Marathon Artists, Mule Musiq, Innervisions e claro, a sua Sunday-Music, responsável por lançamentos de artistas do calibre de Johannes Brecht, Bugge Wesseltoft e Jesse Rose. Sua habilidade como remixer também foi fortemente reconhecida ao longo dos últimos 15 anos. Omar, London Grammar, Chasing Kurt, Coldplay, Michael Jackson, The Detroit Experiment, Stevie Wonder e Loco Dice, são apenas alguns nomes para quem Henrik já produziu releituras.

Ele também sempre foi um entusiasta em debates que defendiam o computador como instrumento musical. Como prova de seu grande envolvimento em prol do reconhecimento da música eletrônica num aspecto global, esteve envolvido em projetos importantes longe dos palcos, entre elas a criação do SCHWARZONATOR, um plug-in que ajuda na criação de composição de estruturas harmônicas no processo da produção musical. No Brasil, seu trabalho esteve fortemente ligado a Dixon e Âme, através de sua parceria com a Innervisions. Viajando junto com o selo, Henrik tocou em alguns dos mais importantes clubs brasileiros. No Warung, por exemplo, eternizou noites no Garden e Inside, sempre com avaliações bastante positivas de seu live.

Por falar em live, não podes deixar de aprofundar o trabalho de Henrik nesse aspecto. Impossível não falar de suas colaborações e experimentações além da cena clubber. Schwarzmann, ao lado de Frank Wiedemann, mostra como esses dois geniais artistas desenvolvem uma construção musical rica e extremamente acima da média. Schwarz também obteve grande sucesso colaborando com Bugge Wesseltoft & Berglund.  Juntos, eles apresentaram live acts em alguma das principais cidades da Europa e em top canais como Boiler Room e Resident Advisor. Seu projeto em conjunto com a Metropole Orkest é um dos mais impressionantes resultados que um artista originário da dance music já conseguiu alcançar. Saiba mais nos vídeos abaixo: 

Ao encararmos essa matéria, percebemos que Henrik Schwarz é o tipo de artista que não cabe em palavras. Somente um documentário, daqueles mais minuciosos, seria capaz de descrevê-lo por completo – ainda assim cenas importantes de sua caminhada poderiam ficar de fora. O futuro reserva colaborações (sim, ele não para) de Henrik, já confirmadas, com Dixon, Âme, Bugge Wesseltoft, Guem, Jesse Rose e novos artistas. Há também indícios que um possível debut album vem aí, além de novas experimentações no formato live que devem surpreender e reinventar a forma com a cena eletrônica enxerga a música de Henrik. Vida longa a ele e a sua espantosa criatividade.

A música conecta.

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